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Suplente de deputada estadual e marido são indiciados por rachadinha no RS; casal teria extorquido assessor, diz polícia
A suplente de deputada estadual Bárbara Penna (Podemos) e o marido, Robson Medeiros da Silva, foram indiciados pela Polícia Civil por supostamente extorquirem um então assessor de bancada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. João Cláudio Almeida da Silva, de 59 anos, teria sido indicado à vaga por Bárbara e registrou ocorrência policial alegando que era obrigado a repassar parte do salário ao casal, prática conhecida como rachadinha. Após denunciar o esquema, o assessor acabou perdendo o cargo.
Bárbara e Robson foram indiciados por concussão, situação em que um servidor público obtém vantagem em função do cargo, e falsidade Ideológica. O inquérito foi remetido à Justiça na última sexta-feira (1º) e ainda não tem parecer do Ministério Público.
O assessor disse à polícia que teria que devolver quase a metade do salário que ganhava no cargo.
“Ele [Robson] me chamou no WhatsApp dizendo que ia me colocar na Assembleia Legislativa, que eu ia ganhar R$ 6,1 mil e teria que devolver R$ 3 mil pra eles”, alega João Cláudio.
Procurado pela reportagem, Robson não quis se manifestar e disse que passaria, por mensagem, o contato de seu advogado, o que não ocorreu. Já Bárbara disse que “apesar da suposta alegação levantada”, manterá sua “postura de silêncio até que tudo seja devidamente esclarecido durante os trâmites legais”.
Além de ser eleita suplente de deputada estadual em 2022, quando ainda pertencia ao União Brasil, Bárbara Penna concorreu a uma vaga na Câmara Municipal de Porto Alegre, tornando-se suplente pelo Podemos com 3.057 votos. Segundo sua prestação de contas, arrecadou na campanha R$ 276 mil, dos quais R$ 81 mil foram destinados ao marido, Robson, para a “criação e produto de conteúdo audiovisual”.
Bárbara Penna ficou conhecida após ser vítima de tentativa de homicídio pelo ex-namorado, condenado por colocar fogo no apartamento dela em novembro de 2013. O incêndio deixou três mortos: dois filhos de Bárbara e um vizinho (veja mais sobre o caso abaixo).
Procurado pela reportagem, o líder da bancada do Podemos na Assembleia Legislativa, deputado Prof. Claudio Branchieri, disse não ser o responsável pelas indicações de cargos e se declarou “indignado” com a denúncia. Ele informou que, dentro da bancada, o ex-assessor era cargo da liderança do partido. Por sua vez, o líder do partido na Assembleia, deputado Airton Lima, admitiu que Jorge foi exonerado a pedido da suplente e que não sabia o motivo da demissão.
Em nota, o presidente do Podemos no RS, Everton Braz, afirmou que a denúncia registrada na Polícia Civil nuca havia sido comunicada ao partido e que a sigla “condena veementemente qualquer prática que desrespeite os princípios de honestidade e legalidade” (leia a íntegra do comunicado abaixo).
Denúncia de rachadinha
O ex-assessor relatou ao g1 que conseguiu o emprego graças a Robson, de quem foi colega de trabalho em uma emissora de TV. João Cláudio foi efetivado no dia 17 de abril de 2024.
“Como eu trabalhei somente 15 dias no primeiro mês, não dei nada. Daí, no segundo mês [maio], ele foi na minha casa e começou a me apertar”, relata o ex-servidor.
Na ocorrência, João Cláudio diz que, no dia 31 de maio deste ano, fez uma transferência de R$ 2,5 mil ao marido da suplente.
“Fiz via PIX, mas ele queria em espécie. Falei não, não tem como, o banco não está liberando dinheiro para ninguém por causa da enchente. Daí ele aceitou”, relata a vítima.
Com o objetivo de buscar esclarecimentos na bancada do Podemos na Assembleia, o ex-assessor relatou a extorsão a um coordenador. João Cláudio foi informado de que qualquer cobrança além dos 5% legalmente pagos à legenda seria irregular. Ele, então, procurou o marido da suplente, que devolveu o dinheiro.
“Não deu um mês depois, ele começou a me perseguir”, diz João Cláudio.
Segundo os relatos, Robson ainda teria forçado o assessor a assinar um termo de “desculpas e retratação”, com data de 9 de setembro, em que afirmaria que a acusação contra o casal “não condiz com a verdade” e que declarava “arrependimento”. No entanto, João se recusou a endossar o documento.
“Chegou um dia que o coordenador da bancada me disse: ‘é, eles pediram o teu cargo. Tu sabe por que eles pediram o cargo de volta, né? Porque a gente descobriu a falcatrua que eles estavam fazendo’”, relata o ex-assessor.
Para João Cláudio, “o partido é conivente”.
“Procurei a secretária do presidente, e ela não me deu resposta”, reclama.
Queimada por ex-namorado
Bárbara Penna foi alvo de uma tentativa de homicídio em novembro de 2013. Ela teve o corpo queimado por João Guatimozin Moojen Neto, que ateou fogo na casa após despejar álcool no corpo dela e no chão da residência.
Ao correr para pedir socorro pela janela, Bárbara despencou do terceiro andar do prédio. O fogo se espalhou pelo apartamento e a fumaça intoxicou e matou os filhos do ex-casal, Isadora, de dois anos, e João Henrique, de apenas três meses, que dormiam no quarto. Um vizinho que tentou salvar as crianças também morreu.
Neto foi condenado a 28 anos e quatro meses de prisão em regime fechado em setembro de 2019, por Tribunal de Júri em Porto Alegre.
No ano passado, o jornal O Globo revelou que a atriz Juliana Paes deve protagonizar um filme sobre a vida de Bárbara Penna.
Nota do Podemos-RS:
“A denúncia registrada na Polícia Civil nunca foi comunicada ao diretório estadual do partido. O Podemos sempre preservou sua reputação e condena veementemente qualquer prática que desrespeite os princípios de honestidade e legalidade. O partido apoia integralmente a investigação pelas autoridades competentes e se compromete a colaborar de forma ativa e transparente em todos os esclarecimentos necessários.
A exoneração do antigo assessor não teve relação com o assunto em questão. Havia um acordo com a então candidata Bárbara Penna para que ele permanecesse no cargo até agosto, após ele se dedicaria integralmente à campanha de Bárbara para vereadora
Reforçamos: nenhuma decisão de exoneração foi tomada com base em qualquer outra acusação ou situação similar. O partido tomou conhecimento do assunto apenas após a exoneração do assessor; não houve qualquer relato sobre o tema enquanto ele atuou no cargo.”
Fonte: G1
Foto: Reprodução/ Redes Sociais
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Operação Hidra prende oito indivíduos em combate ao tráfico de drogas em Estação
Na manhã desta terça-feira (12/11) a Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia de Getúlio Vargas, coordenada pelo Delegado Jorge Fracaro Pierezan, e com a poio operacional de policiais civis de toda 11ª DPRI, desencadeou a Operação Hidra em combate ao tráfico de drogas no município de Estação.
Após meses de investigação, apurou-se que o grupo era composto majoritariamente por mulheres, algumas oriundas da região metropolitana, que se deslocavam até o município Estação para traficar drogas.
Durante a operação foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva, além de uma prisão em flagrante delito, resultando na desarticulação de um grupo criminoso que vinha atuando na região e na apreensão de drogas, dinheiro e celulares.
Dentre os presos, foi identificada uma mulher responsável pelo gerenciamento financeiro das atividades criminosas, e outros integrantes que atuavam na venda direta de drogas aos usuários.
Todos os envolvidos possuem extensa ficha criminal por tráfico de entorpecentes, reforçando o papel central que desempenhavam no comércio ilícito na região.
Mais de 40 policiais civis da região participaram da operação, que representa um importante passo no combate continuado ao tráfico e à violência associada a este tipo de crime, trazendo mais segurança à comunidade local.
As investigações continuarão para garantir que todos os investigados sejam responsabilizados.
Fonte e foto: Polícia Civil
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Polícia Civil deflagra 3ª fase da Operação Capa Dura
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos Estados do RS e SP
A Polícia Civil gaúcha, através da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), nesta manhã (12/11) deflagrou a 3ª fase da continuidade à Operação Capa Dura, que visa desmantelar um esquema de fraudes licitatórias na área da educação.
A ação de hoje, batizada de Operação Prefácio, tem o objetivo de cumprir medidas cautelares e realizar a coleta de provas contra indivíduos identificados como integrantes do núcleo que promoveu irregularidades licitatórias e manipulação das Atas de Registro de Preços na Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre.
Até o momento, duas pessoas foram presas. Foram apreendidos notebooks, hd externo, uma pistola, munições, relógios de luxo, dólares, joias, cheques e documentos.
Nesta 3ª fase da operação, aproximadamente 70 policiais civis cumpriram 14 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio Grande do Sul e São Paulo. Também foram cumpridas medidas de suspensão do exercício da função pública, afastando servidores suspeitos de envolvimento nos ilícitos.
Com o avanço das investigações, houve um significativo acréscimo de conhecimento sobre os crimes investigados e sobre os envolvidos. Foram coletadas evidências por meio do acompanhamento da rotina dos investigados e de medidas investigativas excepcionais, resultando no desdobramento de uma nova operação, direcionada especificamente a esses operadores.
Relembre o caso:
O processo de compra na Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (SMED/POA) era iniciado com o oferecimento direto do produto pela empresa, que já indicava qual ata deveria ser aderida e fornecia o conteúdo para os editais e termos de referência direcionados à aquisição do produto.
Essa inversão no processo de compra, que não se iniciava a partir de um estudo técnico de necessidade e adequação, mas sim pelo oferecimento direto pela empresa, resultou na aquisição de produtos desnecessários ou em excesso, contrariando o interesse público e beneficiando interesses privados. As práticas ilícitas resultaram em compras no valor total de R$ 58 milhões, configurando grave lesão ao erário.
Conforme a investigação, foi verificado o direcionamento e frustração de caráter competitivo da concorrência para beneficiar empresas específicas; expressões e termos idênticos aos utilizados no material de divulgação das próprias empresas foram encontrados nos termos de referência, indicando conluio prévio; tramitação acelerada dos processos com carimbo de “urgência”, eliminando a concorrência sem comprovação de vantajosidade; ausência de estudos que comprovassem a necessidade ou adequação das compras, com justificativas frágeis e insuficientes; falta de planejamento e logística de distribuição, resultando em produtos acumulados em depósitos.
Segundo o Delegado Max Otto Ritter, as fases anteriores da operação permitiram reunir provas robustas de conluio, como transações bancárias e comunicações que elucidam o funcionamento da lavagem de dinheiro realizada pelos envolvidos.
Fonte e fonte: Polícia Civil
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Suposta vítima de agressão é resgatada pela Brigada Militar de Catuípe
A Brigada Militar auxiliou em um atendimento na noite do dia (12-11), após receber uma ligação anônima informando que um indivíduo, supostamente agredido, estava caído sobre os trilhos nas proximidades da antiga Estação Férrea, em Catuípe.
No local a vítima foi encontrada e identificada como um homem. Ele estava muito ferido e apresentava sangramento volumoso na cabeça, braços, fratura exposta na perna esquerda e praticamente em parada cardiorrespiratória, correndo risco de vida.
A vítima foi socorrida pela guarnição e encaminhado até o Pronto Atendimento de Catuípe, sendo transferido imediatamente, devido ao estado das lesões, para o Hospital de Clínicas Ijuí (HCI), onde permanece internado. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Ijuí.
Fonte: RPI com informações BM 4ºPel Catuípe