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Agricultura

Arroz: produtores e indústrias do RS pedem ao Ministério da Agricultura revisão das medidas

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Entidades pediram cancelamento do leilão de compra pública do arroz e revisão da isenção da TEC para arroz importado limitada a uma cota de 100 mil t até meados de outubro. Entidades do setor arrozeiro gaúcho pediram ao Ministério da Agricultura a revisão das medidas recentes adotadas pelo governo federal em relação ao produto, como a autorização de compra pública de 1 milhão de toneladas de cereal importado e a isenção da tarifa de importação para arroz importado. O pleito foi levado pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Federação das Cooperativas de Arroz do Rio Grande do Sul (Fearroz) e pelo Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (Sindiarroz) ao ministro Carlos Fávaro em reunião na última sexta-feira (24).

As entidades pediram o cancelamento, e não apenas a suspensão do leilão de compra pública do cereal, e a revisão da isenção da TEC para arroz importado limitada a uma cota de 100 mil toneladas e até meados de outubro. Hoje, a alíquota de importação está zerada sem limite de volume e até o fim do ano. “Solicitamos novamente a não intervenção do governo no mercado. Já explicamos ao governo que o que ocorre são problemas logísticos e de emissão de nota fiscal e não de oferta de arroz, pois o que houve foi um gargalo momentâneo”, disse o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, “A tendência é que em 30 dias as condições para o abastecimento de arroz estejam normalizadas. Não existe necessidade de importação para volume indefinido sem TEC”, acrescentou Velho. Ele garante que o pedido das entidades foi de liberar TEC para 100 mil toneladas e não para volume irrestrito, como disse Fávaro recentemente.

Entre as justificativas, os arrozeiros argumentam que a oferta pelo governo de arroz a R$ 4 por quilo está descasada do mercado mundial e do preço médio do produto de R$ 5/kg a R$ 6/kg. “Isso vai trazer desestímulo ao produtor para manter área de produção com preços abaixo do custo de produção e voltaremos a diminuir área plantada, o que foi a tônica durante o mercados nos últimos dez anos com dependência do mercado externo”, afirmou o presidente da Federarroz. De acordo com Velho, não houve sinalização por parte do ministério de revisão das medidas quanto ao arroz. Entidades supermercadistas, atacadistas e de varejo também participaram do encontro. Fávaro disse ao setor arrozeiro que é uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva manter estabilidade neste momento e pediu esforço de todos. “Não há jogo de divergência entre produtores e o governo, mas precisamos dar resposta à população e olhar o Brasil como um todo. Há uma corrida desenfreada na busca de arroz por conta de fake news e de oportunidades descabíveis de lucro”, afirmou Fávaro na reunião, segundo vídeo publicado nas suas redes sociais.

Fonte: Estadão Conteúdo

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Agricultura

Adiamento de anúncio do Plano Safra aumenta apreensão de produtores gaúchos

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O adiamento do lançamento do Plano Safra 2024/2025 aumenta a apreensão no setor produtivo gaúcho. Os recursos do programa são aguardados com ansiedade pela agropecuária empresarial e familiar no Estado, depois de três anos enfrentando estiagens e enchentes, incluindo a calamidade histórica ocorrida em maio. Previsto para ser anunciado nesta quarta-feira, 26, o evento em Brasília foi transferido pelo governo federal para o dia 3 de julho.

Para o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antonio da Luz, trata-se de “mais um episódio de trapalhada e de desconexão com a realidade” protagonizado pelo Palácio do Planalto. Da Luz preocupa-se com o atraso que a prorrogação poderá causa ao calendário agrícola. “O Plano Safra tem de ser anunciado na primeira semana de maio, para que o Tesouro faça a edição das portarias”, assegurando que funcione a partir do dia 1º de julho, data em que passa a valer oficialmente. Depois de regulamentado, há um prazo para adequações do sistema financeiro, totalizando, de acordo com da Luz, num período de cerca de um mês para conclusão do trâmite. “No ano passado, [o lançamento] foi em cima do prazo. Agora, o governo inova e anuncia depois do plano entrar em vigor”, afirma.

“Cada semana de atraso na definição e divulgação das políticas pode resultar em janelas perdidas para o plantio e comprometer a produtividade”, diz o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), em licença de saúde, e integrante da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), referindo-se à explicação apresentada para a troca de datas. O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul, Carlos Joel da Silva tem a expectativa de que o anúncio venha acompanhado das resoluções necessárias à execução. Silva revelou ter conhecimento, há mais de uma semana, de que o evento ocorreria no dia 3, por proposição do Ministério do Desenvolvimento Agrário, enquanto a pasta da Agricultura trabalhava com a realização no dia 26.

O volume de dinheiro “livre” disponibilizado pelo projeto também preocupa da Luz. “É um dinheiro que nem deveria ser anunciado. São recursos livres. Os bancos emprestam do jeito que quiserem. De cada R$ 3, R$ 2 são livres”, diz. “A maior parte do recurso é dinheiro de mercado, com juro de mercado, sem subsídio do governo. O volume a ser subsidiado deverá ser menor em relação aos anos anteriores”, salienta o senador Ireneu Orth (PP-RS), da FPA. A previsão é de que sejam anunciados R$ 530 bilhões para custeio e investimento do ciclo que vai de 1º de julho de 2024 a 30 de junho de 2025. A quantia contempla R$ 452,3 bilhões solicitados para médios e grandes produtores e R$ 80 bilhões para agricultores familiares, conforme sugestões dos ministérios. O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul, Paulo Pires, tem a “esperança” de que o governo triplique o montante destinado a seguro agrícola. “Principalmente para nós, do sul, que estamos cansados de apanhar”, torce.

Fonte: Correio do Povo

Por Observador Regional

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Agricultura

Brigada Militar flagra retirada ilegal de Araucárias em Mato Castelhano

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Após receber uma denúncia anônima, a Brigada Militar, através do 3º Batalhão Ambiental (BABM), flagrou, nesta quinta-feira (13/06), um caminhão carregado de toras de araucárias (Araucaria angustifolia), em Mato Castelhano.

Os policiais militares chegaram no local e identificaram uma serraria, a qual já havia sido autuada por irregularidades. Um caminhão, marca Mercedes-Benz, estava estacionado no local e carregava quatro toras de Araucárias, as quais iriam ser serradas. O proprietário da serraria não apresentou o documento de origem florestal (DOF) da madeira.

A madeira e o caminhão foram apreendidos, conforme Termo de Apreensão.

Após diligências, a equipe do 3º BABM identificou o local que as Araucárias foram cortadas, área localizada também no município de Mato Castelhano. A destruição atingiu 4.400 metros quadrados de vegetação nativa, pertencente ao Bioma Mata Atlântica. Sendo localizadas mais 11 toras de araucárias, com volume de 15,82 metros cúbicos. Os proprietários da área não possuíam autorização para o manejo florestal e as toras foram apreendidas.

O volume total de araucárias retiradas de forma ilegal foi de 23,26 metros cúbicos

Os responsáveis responderão pelos crimes contra a flora.

Fotos: 3º BABM | Passo Fundo

Fonte: Comunicação Social 3º BABM

Por Observador Regional

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Agricultura

Produtores gaúchos recebem doações de alimentos para os animais

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A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), com apoio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural e Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Emater/RS-Ascar), está realizando a entrega de doações de alimentos para animais, oriundas de vários estados do Brasil. São distribuídas bolas de 500 quilos cada, de pasto pré-secado, feno e silagem, além de ração para gado de leite, aveia preta e ração para suínos e equinos.

O gerente regional adjunto da Emater/RS-Ascar de Lajeado, Carlos Augusto Lagemann, explicou que a entidade atende a 55 municípios dos Vales do Taquari e do Caí e recebe as doações que chegam do norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e outros estados. “Nós distribuímos para os produtores que tiveram perda de alimento, devido a muitas pastagens perdidas.”

“Aqui em Lajeado temos uma bacia leiteira importante, uma das mais antigas do Rio Grande do Sul. Os colegas da Emater fazem o levantamento das demandas mais urgentes e encaminham para a coordenação regional. Temos vários centros de distribuição: em Lajeado, Arroio do Meio, Vespasiano Corrêa, Montenegro e Teutônia, entre outros. Até agora já devem ter chegado algumas centenas de toneladas de alimento”, disse Lagemann.

A vice-presidente técnica da Gadolando, Bruna Schiefelbein, disse que a ação está sendo realizada desde 2 de maio e não tem prazo para terminar. “Tinha muita gente querendo doar e não sabia como. Então, organizamos a logística, a Emater fez um levantamento para ver quem eram os produtores mais afetados para fazer a rede de distribuição. Foi 99% de alimento doado, não colocamos dinheiro algum. A Seapi está ajudando na distribuição, com os caminhões em Lajeado, onde a empresa Ordemax, que fabrica produtos para limpeza de ordenhadeiras, cedeu o espaço para o armazenamento das doações”, explicou. “Também temos pontos de distribuição em Soledade, Teutônia, Santa Cruz do Sul, Arroio do Meio e Doutor Ricardo, entre outros municípios”, destacou.

“As doações são principalmente para o gado leiteiro, mas outros animais também têm recebido, como gado de corte”, explicou Bruna. “Elas vêm de produtores de parte do Rio Grande do Sul e de outros estados como Goiás, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Até agora, chegaram mais de 150 carretas com doações de alimentos, o equivalente a R$ 3,5 milhões”, afirmou. Ela ressaltou que a maioria das doações veio de produtores de leite, mas também chegaram de algumas instituições e cooperativas, e de produtores de volumosos, como de feno e silagem. “Os alimentos chegam para aqueles produtores que foram afetados diretamente pelas enchentes e têm mais emergência em receber.”

Foto: Julia Chagas/Ascom Seapi

Fonte: Planalto News Por Rádio Blau Nunes

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