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Dia Nacional do Diabetes: SC tem mais de 454 mil pessoas com a doença

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Em 2023, Estado registrou 2.486 mortes pela doença; na última década foram 46.721 internações.

O dia 26 de junho é o Dia Nacional do Diabetes, uma data dedicada à conscientização sobre essa doença crônica. Em Santa Catarina, estima-se que 454.985 pessoas convivam com a condição crônica. Somente em 2023, o Estado registrou 2.486 mortes relacionadas ao diabetes, de acordo com dados da Diretoria de Vigilância Sanitária (DIVE). Além disso, entre 2012 e 2022, o Estado teve 46.721 internações decorrentes da doença, que ocorre devido à insuficiência na produção de insulina pelo pâncreas ou à dificuldade no uso da insulina produzida pelo corpo.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o quinto país com maior incidência da doença no mundo, e tem atualmente mais de 14,3 milhões de pessoas diagnosticadas, o que representa 7,7% da população.

Engajada na campanha de esclarecimentos sobre a doença, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) destaca a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento.

— No Brasil, temos cerca de 20 milhões de pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus. Desses, 5 a 10% são diabetes tipo 1, insulina dependente. Diante dessa realidade, faz-se necessário que políticas públicas sejam implantadas no intuito de mudarmos os hábitos alimentares da nossa população, bem como o sedentarismo. Estas ações vão fazer com que os números reduzam e, consequentemente, a qualidade de vida melhore — alerta o endocrinologista do Hospital Infantil Joana de Gusmão, Genoir Simoni.

É possível prevenir o diabetes?

Os fatores de risco do diabetes são genéticos, porém, o estilo de vida do paciente influencia na gravidade da condição. A ausência de hábitos saudáveis, além do diagnóstico de pressão alta, colesterol alto, alteração na taxa de triglicérides no sangue, sobrepeso, doenças renais crônicas e diabetes gestacional, são fatores que podem contribuir com o desenvolvimento da doença.

A melhor forma de prevenir é com estilo de vida saudável. Praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável e controlar o peso corporal são comportamentos essenciais que evitam não apenas o diabetes, mas outras doenças crônicas, como o câncer.

Segundo a responsável técnica na área Linha de Cuidado de Diabetes Mellitus de Santa Catarina, a enfermeira Priscila Romanoski, as doenças crônicas estão cada vez mais presentes na vida das pessoas devido aos impactos gerados pela mudança nos hábitos de vida. Sedentarismo, alimentação inadequada, estresse e tabagismo influenciam no aparecimento e nas complicações geradas por essas doenças, entre elas o diabetes.

— Os estudos apontam que mais de 50% dos casos de diabetes podem ser evitados, assim precisamos cada vez mais falar sobre nossas escolhas e principalmente sobre a complexidade que envolve a mudança de hábitos de vida — explica Priscila.

O que causa o diabetes

Diabetes é uma doença causada pela ação ou produção insuficientes de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina é um hormônio que tem a função de promover a entrada da molécula de glicose nas células, onde será metabolizada e transformada em energia para manutenção do nosso organismo.

diabetes tipo 1 (DM1) aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também, neste caso pode ser chamado de Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA). Neste tipo de diabetes, ocorre uma deficiência na produção de insulina pelas células do pâncreas responsáveis por este hormônio.

A DM1 exige o uso de insulina como tratamento. Nestes pacientes, se faz necessário administrar o hormônio diariamente para adequar a quantidade de glicose no sangue. A causa do tipo 1 pode ser autoimune, quando anticorpos do próprio organismo atacam as células pancreáticas, ou idiopática (de causa desconhecida).

Já o diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. A causa do diabetes tipo 2 é multifatorial e está diretamente relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, e hábitos alimentares inadequados. Outros fatores de risco são: idade avançada, história familiar de diabetes e, em mulheres, história de síndrome de ovários policísticos ou de diabetes gestacional ou de bebês que nasceram com mais de 4 kg.

Muitas vezes o diabetes tipo 2 é acompanhado de outras doenças que compõem a síndrome metabólica, como hipertensão arterial, sobrepeso ou obesidade e alteração de colesterol e triglicerídios.

Há ainda o diabetes gestacional, que ocorre temporariamente durante a gravidez. Nestes casos, as taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal, mas sem diagnóstico prévio de diabetes. Por isso, toda gestante deve fazer o exame de diabetes, regularmente, durante o pré-natal, a ser solicitado pelo obstetra. Mulheres com a doença têm maior risco de complicações durante a gravidez e o parto.

Esse tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica em risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes e síndrome metabólica para a mãe e o bebê.

Os principais sintomas

Os principais sintomas do diabetes são fome, sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia, sendo mais frequentes no diabetes tipo 1, e nem sempre presentes no tipo 2. Veja outros sintomas possíveis:

  • Perda de peso;
  • Fraqueza;
  • Fadiga;
  • Mudanças de humor;
  • Náusea e vômito;
  • Formigamento nos pés e mãos;
  • Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
  • Feridas que demoram para cicatrizar;
  • Visão embaçada.

Tratamento da doença

Para o tratamento do diabetes, o paciente precisa manter uma vida saudável e o controle da glicemia sempre em dia, a fim de evitar possíveis complicações da doença.

Os principais cuidados incluem a prática de atividade física de 3 a 5 vezes na semana; evitar o consumo de bebidas alcoólicas ou fazer uso de forma moderada; controlar o estresse, evitando as chances de desenvolver a ansiedade e depressão; abandonar o hábito de fumar, pois o cigarro aliado a diabetes multiplicam em até cinco vezes o risco de complicações de saúde; e redobrar o cuidado com a saúde bucal.

Alguns medicamentos para diabéticos são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A assistência farmacêutica do SUS tem três níveis: básico, estratégico e especializado. Em geral, os pacientes com diabetes são atendidos por medicamentos dos componentes básico e especializado.

Assim, no nível básico (mais simples), os remédios podem ser fornecidos nas unidades básicas de saúde (postos), com apresentação do receituário médico atualizado. O medicamento é entregue na hora.

Se o paciente precisar de remédios do componente especializado, é necessário apresentar uma análise de documentos, como laudo médico e receituário atualizado. Nesse momento, é verificado se a documentação está de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para o diabetes.

Esse protocolo contém critérios para o diagnóstico da doença; o tratamento indicado, com os medicamentos e demais produtos apropriados; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS.

Fonte: Maria Magnabosco – NSC

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Brigada Militar apreende barco e redes de pesca na Barragem de Ernestina

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A Brigada Militar, através do 3º Batalhão Ambiental (BABM), flagrou nessa quinta-feira (27/06), um homem praticando a pesca ilegal na Barragem de Ernestina.

A Sala de Operações (SOP) do 3º BABM recebeu uma denúncia anônima, referente à prática da pesca ilegal , na Barragem de Ernestina . Os policiais militares chegaram na localidade de Esquina Penz e avistaram um indivíduo, em um barco de alumínio, lançando redes de pesca no ambiente aquático.

A equipe do 3º BABM abordou o homem e localizou 5 redes de pesca no barco, totalizando 350 metros. O sujeito foi autuado e responderá pelo crime ambiental de pesca ilegal.

O barco e as redes foram apreendidos, conforme Termo de Apreensão.

Edição: Comunicação Social 3º BABM

Foto: 3º BABM | Carazinho

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Taxa para compras de até US$ 50 não incidirá sobre medicamentos

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A cobrança de 20% de Imposto de Importação sobre compras de até US$ 50 pela internet não incidirá sobre medicamentos comprados por pessoas físicas, anunciou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo ele, uma medida provisória (MP) para esclarecer a isenção será editada nesta sexta-feira (28).

“Do jeito que estava o texto, poderia suscitar uma dúvida se existiria a taxação para medicamentos que são importados por pessoas físicas. Vai sair uma medida provisória, publicada nesta sexta, que deixa claro que importação de medicamentos por pessoas físicas está isento de qualquer taxação adicional. Mantém as regras de isenção hoje”, disse Padilha.

De acordo com o ministro, a MP também estabelecerá o início da cobrança da taxa de 20% em 1º de agosto. Ele disse que esse prazo dará tempo para que a Receita Federal faça as regulamentações necessárias e adapte os sistemas para a cobrança.

“A medida provisória deixa claro que a vigência é a partir de 1º de agosto. Isso permite a organização da Receita e a própria adaptação das plataformas para que tenha essa cobrança”, declarou o ministro, após a assinatura da lei que cria o Programa Mover e instituiu a taxação das compras de até US$ 50 pela internet..

Durante a cerimônia de assinatura, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também mencionou a necessidade de manter os medicamentos isentos. “O que o presidente Lula quer é excluir os medicamentos porque há pessoa física importando medicamentos para alguns tipos de moléstias, de doenças. Então você exclui os medicamentos”, afirmou.

Como funcionará

Desde agosto do ano passado, as compras de até US$ 50 em sites internacionais eram isentas de Imposto de Importação, desde que os sites estivessem inscritos no Programa Remessa Conforme, que garante liberação acelerada da mercadoria. As transações, no entanto, pagavam 17% de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo arrecadado pelos estados, com as guias sendo cobradas pelos sites ainda no exterior.

No fim de maio, a Câmara dos Deputados aprovou a taxação federal de 20% como uma emenda à lei que criou o Programa Mover, de incentivo à indústria automotiva. O Senado aprovou o texto no início de junho.

Com a sanção da lei, as mercadorias passarão a pagar, além do ICMS, 20% de Imposto de Importação sobre o valor de até US$ 50 ou 60% caso o produto custe acima desse valor. Para itens entre US$ 50,01 e US$ 3 mil, será concedido um desconto de US$ 20 na tarifa.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Casos de síndrome respiratória aguda grave aumentam em dez estados

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O novo boletim do InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (27), revela aumento do número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em dez estados: Amapá, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo.

O aumento é decorrente dos vírus influenza A, sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, que indicam retomada de crescimento na maioria dos estados da região centro-sul do Brasil. Além disso, alguns estados do Norte, como Amapá, Roraima e Ceará, também registram manutenção do aumento de VSR em crianças pequenas.

No agregado nacional, há indício de estabilidade de SRAG tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas). Referente à Semana Epidemiológica 25, de 16 a 22 de junho, o estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 24 de junho.

A covid-19 tem se mantido em patamares baixos quando comparada a seu histórico de circulação. Contudo, o vírus tem sido a principal causa de internação por SRAG entre os idosos no estado do Ceará nas últimas semanas. Além disso, alguns estados do Norte e Nordeste também têm apresentado uma leve atividade de covid-19.

A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe Tatiana Portella diz que ainda não tem nenhum sinal claro de crescimento de circulação da covid tanto no país, sobretudo nessas regiões. “No entanto, esse início de atividade do vírus nas regiões Norte e Nordeste merece a nossa atenção nas próximas semanas. É importante que os hospitais e as unidades de síndrome gripal dessas regiões reforcem a atenção para qualquer sinal de aumento na circulação do vírus”, alerta Tatiana.

Diante desse cenário, a pesquisadora destaca a importância da vacinação, tanto da influenza quanto da covid-19, de todos os elegíveis para se imunizar. Além disso, alguns cuidados, como o uso de máscaras em locais fechados com maior aglomeração de pessoas e em postos de saúde, são recomendados, sobretudo aos moradores das regiões que apresentam alta na circulação de vírus respiratórios. Tatiana recomenda que, em caso de aparecimento de sintomas, a pessoa se isole, se possível, para evitar a transmissão do vírus a outros indivíduos que ainda não foram infectados e que são grupo de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (22,6%), influenza B (0,8%), vírus sincicial respiratório (47,2%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (6%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (47,1%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (21,5%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (22,4%).

Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

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