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Justiça aceita denúncia e três PMs se tornam réus pelo homicídio de jovem que desapareceu após abordagem da BM

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Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, foi encontrado morto dentro de açude uma semana após sumir.

A Justiça aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP) e os três PMs suspeitos do assassinato de Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, tornaram-se réus pelo crime de homicídio.  O jovem, que desapareceu após uma abordagem da Brigada Militar, teve o corpo encontrado dentro de um açude no dia 19 de agosto, uma semana após desaparecer. 

A denúncia foi aceita nesta terça-feira (6) pela juíza Juliana Neves Capiotti, da Vara Criminal de São Gabriel. O segundo-sargento Arleu Júnior Cardoso Jacobsen e os soldados Cléber Renato Ramos de Lima e Raul Veras Pedroso seguem detidos preventivamente no Presídio Militar de Porto Alegre.

No despacho, a juíza afirma que “há elementos que dão suporte probatório apto a justificar a persecução penal”. Ou seja, que há indícios suficientes neste momento para que os PMs respondam ao processo pelo crime de homicídio.

A denúncia foi detalhada na segunda-feira (5) pela promotora Lisiane Veríssimo da Fonseca, que atua em São Gabriel. Os três PMs responderão pelo homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, emprego de meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Esse processo corre na Justiça Comum. 

No entendimento da acusação, Gabriel foi espancado durante a abordagem porque teria se dirigido a um dos PMs chamando-o de “fraco” e porque o jovem estava embriagado. 

Crimes militares

Além do homicídio, os PMs já tinham se tornado réus, ainda nesta segunda-feira, pelos crimes militares. A Justiça Militar aceitou a denúncia contra os três por ocultação de cadáver e falsidade ideológica — este último porque, segundo a acusação, os policiais teriam inserido informações falsas no boletim de ocorrência. 

Em relação à ocultação de cadáver, o MP confirmou nesta segunda-feira que não é descartada a hipótese de que outras pessoas possam responder por esse crime. Ainda são aguardadas perícias, como análise de amostras de sangue encontradas em duas viaturas. Até o momento, não foi detalhado como e em qual momento o corpo de Gabriel foi deixado no açude. A perícia constatou que ele não estava mais respirando quando seu corpo ficou submerso, já que não foi encontrado nenhum sinal de afogamento. 

O desaparecimento

Gabriel desapareceu na madrugada de 13 de agosto, quando foi visto pela última vez sendo colocado dentro de uma viatura da BM. Ele havia sido abordado pouco antes no bairro Independência, em São Gabriel.

O corpo do jovem foi encontrado dias depois, dentro de um açude na localidade de Lava Pé, a cerca de dois quilômetros do local da abordagem. O laudo de necropsia do Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontou que Gabriel morreu por hemorragia interna causada por uma agressão na coluna cervical. Ele também tinha um hematoma na cabeça.

Segundo a polícia, durante a abordagem, Gabriel teria sido agredido com um tapa, depois caiu e bateu com a cabeça num paralelepípedo. Na sequência, teria sido agredido com um cassetete e posto contra a vontade na viatura.

Contrapontos

O que diz a defesa do segundo-sargento Arleu Júnior Cardoso Jacobsen

O advogado Ivandro Bitencourt Feijó, responsável pela defesa, enviou nota a GZH:

É uma lástima tomar conhecimento de movimento processuais pelos órgãos de imprensa, enquanto advogados devidamente habilitados nos autos não sendo franqueado acesso integral ao processo. Acabo de consultar eletronicamente o processo e ainda está sigiloso pra defesa, todavia os órgãos de imprensa já tomaram conhecimento dos termos da decisão o que demonstra que o vazamento só podem ocorrer internamente pelo TJRS, Ministério Público ou Polícia Civil. Tal agir do juízo de São Gabriel viola princípios constitucionais, súmula vinculante do STF e pacífica jurisprudência.

O que diz a defesa dos soldados Raul Veras Pedroso e Cléber Renato Ramos de Lima

GZH tenta contato com com a advogada Vânia Barreto. Nesta segunda-feira, ela havia informado que não se manifestaria no momento. Em todas suas manifestações anteriores, ela reiterou a inocência dos clientes.

Fonte: GZH

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TIROTEIO NO BAIRRO PROMORAR EM ALEGRETE DEIXA TRÊS MORTOS E UM ENCAMINHADO A UPA COM VARIOS TIROS

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Noite de quinta feira ,por volta das 22 horas o bairro Promorar na rua Aloízio Santos Moraes 4 homens foram alvo de um tiroteio, segundo informações, um veículo que andava nas imediações e um dos ocupantes procurava alguma casa focando lanterna o que os moradores estranharam.

Em seguida começou os tiros que chegaram a quase 30 disparos, após terem se evadido do local moradores chamaram a BM que chegou e e isolou a área, já frente da residência tinha uma vítima caída sem vida , outra no pátio e a terceira dentro da casa.

O local ficou isolado Brigada militar e bombeiros atenderam a ocorrência.

Ainda agora a noite depois deste tiroteio que terminou com a morte de três pessoas, a Brigada Militar recebeu outra informação que pode ter ligação com estes homicídios , um veículo Meríva de cor prata foi abandonado na estrada da casa preta pegando fogo, acredita-se que possa ser o mesmo veículo usado na morte destes três

homens, após utilizado pode ter sido queimado os bombeiros chegaram e impediram que o veículo fosse totalmente queimado .

Uma das vítimas foi identificada uma sendo Leandro Jaques da Silva de 26 anos de idade e a outra de nome Bruno, a 3ª vitima não foi ainda identificada e mais um que foi socorrido e esta na Santa Casa de Caridade também não recebemos a informação ainda sobre sua identificação.

Com informações Web Notícias Alegrete

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Produtores gaúchos lotam ginásio da Fenarroz em protesto contra governo federal

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Milhares de produtores rurais e lideranças do agronegócio gaúcho lotaram, nesta quinta-feira (4), o ginásio da Fenarroz, em Cahoeira do Sul, para protestar contra a demora do governo federal em anunciar medidas de socorro ao setor. A mobilização fez parte do movimento SOS AGRO RS, organizado por diversas entidades representativas do setor produtivo. 

Mais de dois meses já se passaram desde a catástrofe climática que atingiu cerca de 470 municípios. Segundo dados da CNM, os prejuízos financeiros para o agronegócio gaúcho somam aproximadamente R$ 4,5 bilhões. Mais de 200 mil propriedades rurais foram afetadas, ou seja, um terço de todas as 600 mil propriedades registradas no último censo agropecuário. 

Autor do Projeto de Lei 1536/2024, que concede perdão e adia o pagamento das dívidas agropecuárias, o deputado Luciano Zucco (PL-RS) participou do encontro e ressaltou que a situação no estado é de terra arrasada. “A força das águas arrancou os solos, deixando à mostra uma terra dura e pedregosa. Muitas lavouras foram cobertas com lama e areia que ficava no fundo dos rios. Rebanhos inteiros morreram afogados, galpões, maquinários e ferramentas foram totalmente destruídos. Precisamos de um plano estratégico para reerguer nosso agronegócio, mas até agora o que temos é muita promessa não cumprida”, criticou.  

Aprovado por unanimidade na Câmara, o PL 1536 contempla financiamentos de custeio agropecuário, de comercialização e de investimento rural, contratados por produtores naqueles municípios em estado de calamidade pública ou situação de emergência reconhecidos pelo governo federal. O texto ainda depende da análise dos senadores para ser encaminhado à sanção presidencial. “O que causa revolta é essa demora em aprovar medidas que já deveriam estar em vigor. Se o Palácio do Planto quisesse mesmo socorrer os produtores já tinha editado uma Medida Provisória”, destacou Zucco, lembrando que uma MP tem efeito legislativo imediato. 

Conheça as pautas do Movimento SOS AGRO

1 – Prorrogação de dívidas: 15 anos, com dois anos de carência e taxa de juros de 3% ao ano; 
2 – Crédito para reconstrução e capital de giro;
3 – Securitização e anistia de dívidas;
3.1) Pronaf e Pronamp com taxas de juros reduzidas (1% a 3% a.a.) e prazos de reembolso de até 15 anos; 
3.2) Anistia das parcelas do Programa Nacional de Crédito Fundiário e do Programa Nacional Habitação Rural com vencimento entre maio de 2024 e dezembro de 2025; 
4 – Linhas de crédito e assistência técnica;
4.1) Para reconstrução das propriedades e capital de giro para cooperativas de produção; 
4.2) Destinação de R$ 20 milhões para assistência técnica e extensão rural, Linhas de Crédito e Assistência Técnica No valor de um salário mínimo pelo período de seis meses para famílias rurais. Auxílio Emergencial
5 – Auxílio Emergencial no valor de um salário mínimo pelo período de seis meses para famílias rurais.

Fonte: Jornal Tribuna da Produção

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Primeira cidade provisória para desabrigados da enchente é inaugurada no RS

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Na manhã desta quinta-feira, 4 , a primeira cidade provisória destinada a acolher vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul foi inaugurada em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. O Centro Humanitário de Acolhimento (CHA), está localizado no pátio da Refinaria Alberto Pasqualini, da Petrobras, e começou a receber os primeiros moradores, principalmente do próprio município de Canoas, um dos mais afetados pelas cheias.

A capacidade máxima de 630 pessoas deve ser alcançada no dia 15 de julho. A seleção das famílias levou em consideração a presença de idosos, gestantes, pessoas com deficiência (PCDs) e pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). São 126 casas modulares, em uma área de 30 mil metros quadrados, próximas à estação do Trensurb, seguindo o padrão da ONU para refugiados. Cada casa tem 17 m² e acomoda até cinco pessoas, oferecendo cama de casal, beliches e berços conforme a necessidade.

A gestão do espaço será feita pela Agência da ONU para as Migrações. A alimentação é fornecida por empresa contratada e servida em um refeitório coletivo com capacidade para 450 pessoas. O projeto, coordenado pelo vice-governador Gabriel Souza, faz parte do Plano Rio Grande para mitigar os danos das chuvas e enchentes. A instalação das casas começou em 17 de junho, financiada pelo sistema Fecomércio/Sesc/Senac, com casas doadas pelo Acnur e montadas com auxílio do Exército.

A área de higiene possui 28 contêineres com 76 sanitários comuns, 15 para PCDs, 54 chuveiros (seis para PCDs), além de lavanderia com oito máquinas de lavar e oito de secar. A segurança é garantida pela Brigada Militar e pela Secretaria de Segurança Pública de Canoas, que gerencia as câmeras de circuito interno. O CHA também conta com dois consultórios médicos para atendimento e recuperação, com equipes de saúde e assistência social municipal e estadual.

Por Jornal Tribuna da Produção

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