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Em interrogatório, pai preso por assassinato de crianças em Alvorada admite que crime foi motivado por não aceitar separação

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David da Silva Lemos, 28 anos, foi preso em flagrante no dia 14 de dezembro, após crianças serem encontradas mortas dentro da casa dele

Ao longo de cerca de uma hora, David da Silva Lemos, 28 anos, foi interrogado pela Polícia Civil sobre o assassinato dos quatro filhos. Três meninas e um garoto, com idades entre três e 11 anos, foram encontrados mortos dentro da casa dele em Alvorada, na Região Metropolitana, há pouco mais de duas semanas. Segundo a polícia, o pai não chegou a narrar como teriam acontecido os crimes, mas admitiu que pretendia atingir a ex-companheira, mãe das crianças.  

— Ele alega que amava demais a mãe das crianças e que na hora teve um surto — afirma o delegado Edimar Machado, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Alvorada, que participou do interrogatório na última sexta-feira (23).  

Ainda segundo o policial, Lemos afirmou que acreditava que a ex estava se relacionando com outra pessoa. O fato de ele não aceitar o fim do relacionamento teria sido a motivação, no entendimento da polícia, para os crimes contra as crianças. Yasmin, 11 anos, Donavan, oito, Giovanna, seis, e Kimberly, três, tiveram corpos localizados pela avó paterna. Três foram mortos com golpes de faca e a caçula apresentava sinais de asfixia.  

Quando foi ouvido em 14 de dezembro, logo após ser preso em flagrante, na entrada de um hotel em Porto Alegre, Lemos narrou informalmente como teria se dado a dinâmica do crime. Dessa vez, segundo o delegado, o pai se mostrou arrependido, chorou duas vezes e não conseguiu falar sobre como teria assassinado os filhos.  

— A motivação foi vingança mesmo, para atingir a ex-companheira. Ele admite que não aceitava a separação, e que se sentia traído — diz o delegado.  

A mãe das crianças, de 26 anos, possui medida protetiva contra o ex, após um episódio de agressão ocorrido em setembro. A determinação da Justiça, válida por seis meses, no entanto, não se estendia aos filhos.  

— Nenhuma das pessoas ouvidas relatou qualquer episódio de violência anterior dele contra os filhos. É um caso bastante complexo — afirma o delegado.  

Ainda conforme o interrogatório, o crime teria ocorrido mesmo na segunda-feira, como acreditava a polícia. Lemos negou que tenha premeditado as mortes.  

Próximos passos  

A Polícia Civil pediu prorrogação de prazo para concluir o inquérito. Segundo o delegado, ainda é preciso finalizar a análise dos aparelhos celulares apreendidos com o suspeito. A polícia também aguarda os laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP), que devem trazer mais elementos sobre o caso. 

Uma das dúvidas que pode ser respondida com os exames é se algum medicamento ou substância foi usada para dopar as vítimas antes do crime. A faca que teria sido usada no crime também foi apreendida na casa e encaminhada para análise.  

A polícia já analisou o celular da mãe das crianças, no entanto, nada de relevante foi localizado. Em depoimento, a mulher relatou que já havia sido agredida pelo ex, o que motivou o registro policial em setembro, mas negou que ele tivesse voltado a ameaçá-la depois disso. Quando o crime aconteceu, os filhos estavam passando o fim de semana com o pai – a avó paterna, que localizou os corpos, vive no mesmo terreno, em outra moradia.  

Além do depoimento da mãe e da avó paterna, a polícia também ouviu outros familiares e pessoas próximas. No momento, não há nenhum outro depoimento previsto. A expectativa do delegado é concluir a investigação do caso até a metade de janeiro.  

Contraponto 

A Defensoria Pública do Estado é responsável pela defesa de David da Silva Lemos. Em nota, a instituição informou que só pretende se manifestar sobre o caso nos autos do processo.

Como buscar ajuda

Qualquer pessoa pode informar sobre casos e orientar a mulher a buscar um serviço de atendimento. Conheça algumas formas de pedir ajuda:

  • Para socorro urgente, o número é o 190;
    • Além do Disque Denúncia 181, está disponível o Denúncia Digital 181, no site da Secretaria da Segurança Pública;
  • O WhatsApp da Polícia Civil (51 98444-0606) recebe mensagens 24 horas, sem a necessidade de se identificar;
  • A Delegacia Online tem novas possibilidades de registro para receber os relatos de violência doméstica. Permite fazer o boletim de ocorrência, com a mesma validade do documento emitido presencialmente, a qualquer horário e por qualquer dispositivo com internet;
  • Salas das Margaridas nas Delegacias de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPAs), para levar o acolhimento e o amparo especializado nessas unidades, que frequentemente são a primeira parada das mulheres em busca de ajuda;
  • Quem não tem acesso pode procurar qualquer Delegacia de Polícia, além das 23 Deams hoje existentes no Estado;
  • A Defensoria Pública presta orientação e a defesa em juízo, das mulheres de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade. Orienta vítimas pelo Disque Acolhimento: 0800-644-5556. Também há o Alô Defensoria: (51) 3225-0777;
  • No Ministério Público há a Promotoria Especializada de Combate à Violência Doméstica e Familiar, no prédio do Instituto de Previdência do Estado (IPE) do RS, na Avenida Borges de Medeiros, 1.945. Telefone: (51) 3295-9782 ou 3295-9700. E-mail: [email protected];
  • Também no MP, há o Grupo Especial de Prevenção e Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Aceita qualquer tipo de denúncia e dá orientações. E-mail: [email protected].

Fonte: GZH

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Polícia Civil cumpre mandados em São José das Missões

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Na manhã desta sexta-feira (04), policiais civis da Delegacia de Polícia de Palmeira das Missões, com apoio de policiais civis da 14ª DPRI e de policiais militares do 39.º BPM, cumpriram mandados judiciais de ingresso, busca e apreensão expedidos pela 1.ª Vara Criminal da Comarca de Palmeira das Missões.

Na ocasião, as ordens judiciais, cumpridas no Centro e na área rural do Município de São José das Missões, foram expedidas em procedimento policial instaurado para apuração de possíveis crimes comuns praticados com motivação eleitoral.

Foram apreendidos aparelhos de telefone celulares, drogas e dinheiro.

Fonte: 14ª DPRI – Polícia Civil

Por Rádio Palmeira

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Brigada Militar flagra destruição de vegetação nativa, em Casca

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Na quinta-feira, dia 3, a Brigada Militar, através do 3° Batalhão Ambiental (3ºBABM), flagrou a destruição de vegetação nativa, no município de Casca.

Após receber o alerta da plataforma MapBiomas, a equipe do 3º BABM inspecionou a propriedade e flagrou a supressão de vegetação nativa, pertencente ao Bioma Mata Atlântica, em uma área de 25.800 metros quadrados, em estágio médio e avançado de regeneração natural

Para o manejo florestal na área, não havia autorização do órgão ambiental competente. O responsável foi identificado e responderá pelo crime ambiental.

O desmatamento e o uso irregular do solo causam muitos impactos ao meio ambiente, atingindo todos os seres vivos, prejudicando a biodiversidade e influenciando nas mudanças climáticas.

Fonte e foto: Comunicação Social do 3º BABM

MB Notícias

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Choque prende integrantes de facção com mais de 3 kg de cocaína em Veranópolis

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Prisão aconteceu durante uma operação que visa combater crimes contra a vida na Serra Gaúcha e a atuação de facção

Uma ação de policiais do 4° Batalhão de Choque (4°BPChq) culminou com a prisão de quatro integrantes de uma facção criminosa em Veranópolis. O fato aconteceu na noite de quinta-feira (3) durante operação que visa combater crimes contra a vida na Serra Gaúcha.

De acordo com informações da Brigada Militar (BM), os agentes abordaram o grupo durante patrulhamento e, em revista, foram encontrados 3,2 kg de cocaína, cinco munições de calibre .38, dois celulares e o veículo utilizado pelo quarteto.

Ainda conforme a polícia, os indivíduos, além de possuírem uma vasta ficha de antecedentes, são membros ativos de uma facção criminosa que atua em toda a região. Os presos e os materiais apreendidos junto à droga foram conduzidos à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Bento Gonçalves para o flagrante.

Fonte: Portal Leouve / 4° Batalhão de Choque (4°BPChq)

Foto: 4° Batalhão de Choque (4°BPChq)

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