Agricultura
Brigada Militar flagra descarte de animais mortos no interior de Água Santa
Após receber uma denúncia anônima, a Brigada Militar, através do 3º Batalhão Ambiental (BABM), flagrou, na quinta-feira (07/11), o descarte irregular de animais mortos, no interior de Água Santa.
A equipe do 3º BABM localizou a propriedade e identificou que no local havia criação de, aproximadamente, 500 cabeças de gado. Em inspeção no local, os policiais militares flagraram, em uma estrada próxima, o descarte inadequado de carcaças de animais. Observou-se que alguns animais haviam morrido recentemente.
O proprietário foi identificado e não apresentou a licença para criação de bovinos, em semiconfinamento, conforme prevê a resolução do Consema 372/2018, por se tratar de empreendimento potencialmente poluidor.
A prática de depositar restos de animais mortos em áreas públicas, constitui uma conduta lesiva ao meio ambiente, à saúde pública e à segurança sanitária dos moradores da comunidade local.
O proprietário foi atuado pelo crime de poluição, pois o descarte de animais mortos representa risco de contaminação do solo, da água e do ar, podendo acarretar a disseminação de doenças e atrair vetores, comprometendo a saúde pública e o bem-estar de todos.
Ainda, não foi apresentado pelo proprietário laudo veterinário da causa da mortandade dos animais em sua propriedade, logo a equipe do 3º BABM acionou os fiscais ambientais do município, para a realização de vistoria e acompanhamento do fato.
Comando Ambiental
“O Braço Verde da Brigada Militar” A Força da Comunidade
Em caso de emergência, Ligue 190
Comunicação Social 3º BABM
Foto: 3º BABM | Passo Fundo
Agricultura
Entenda por que a vitória de Trump pode ser boa para o agro brasileiro
A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos e a promessa de uma agenda protecionista podem gerar uma série de reflexos no mercado brasileiro, principalmente no agronegócio. Atualmente, os Estados Unidos estão entre as principais parcerias do agro brasileiro, ficando atrás apenas da China e União Europeia. Para especialistas ouvidos pelo R7, um possível estímulo ao setor privado estadunidense pode aumentar a demanda por commodities agrícolas, o que pode favorecer o Brasil e contribuir para a diversificação comercial.
Não seria a primeira vez que os Estados Unidos imporiam taxas a outros países. No seu primeiro mandato, em 2018, Trump decidiu aplicar tarifas às importações de produtos chineses, e como retaliação a China também chegou a anunciar novos impostos aos americanos. Com a necessidade de novos mercados, os governos chinês e brasileiro estreitaram as parcerias comerciais.
Segundo o Ministério da Agricultura, até setembro deste ano, a China foi o destino de 32,9% das exportações brasileiras, tendo adquirido quase US$ 42 bilhões em produtos do setor. No geral, soja, carne e café estão entre os produtos com maior representação na exportação brasileira.
Especialistas apontam que a intensificação da atividade econômica nos Estados Unidos pode beneficiar a produção nacional e contribuir para a aproximação entre China e Brasil. O especialista em comércio exterior Larry Carvalho explica que, apesar dos desafios, a política de Trump pode abrir oportunidades no mercado chinês.
“Durante sua presidência, a guerra comercial entre os EUA e a China fez o Brasil se tornar um fornecedor importante para a demanda chinesa por soja e milho. A reimposição de tarifas pode abrir mais oportunidades no mercado chinês, embora o Brasil também enfrente desafios em outros mercados. A visita de Xi Jinping ao Brasil e as negociações sobre a Iniciativa do Cinturão e Rota podem fortalecer ainda mais essa parceria”, disse Carvalho.
Especialista em relações governamentais e comércio internacional, José Pimenta pontua que será pouco provável que os EUA engajem em negociações de abertura de mercado nos próximos anos. Apesar disso, as políticas podem trazer benefícios indiretos ao comércio brasileiro.
“Espera-se que as barreiras tarifárias levantadas por Trump gerem retaliações internacionais, o que permitirá ao Brasil ganhar espaço em mercados que tradicionalmente são dos Estados Unidos, o que ocorreu entre 2017 e 2020, especialmente com a China. Durante o período, as exportações brasileiras à China cresceram 20% ao ano, em média”, lembrou.
Em complemento, o especialista em planejamento estratégico empresarial Fernando Canutto explica que a vitória de Trump e a possível implementação de tarifas que afetariam produtos agrícolas de outros países podem potencialmente colocar o comércio do Brasil como alternativa. Produtos como soja, milho, etanol, carne bovina e suco de laranja são os que o Brasil mais exporta para os EUA.
Canutto comenta, ainda, sobre os possíveis reflexos na economia americana. “A taxação sobre produtos importados pode levar a um aumento nos preços internos, afetando consumidores e indústrias que dependem de matérias-primas importadas. Trump, provavelmente compensaria reduzindo impostos”, disse.
Efeitos econômicos
Com o resultado das eleições, o dólar fechou a última sexta-feira (8) em alta de 1,07%, cotado a R$ 5,7359. Na semana passada, a moeda americana acumulou desvalorização de 2,27%, em aparente correção e ajustes após ter atingido em 1º de novembro o segundo maior nível histórico nominal no fechamento (R$ 5,8694).
O economista Hugo Garbe afirma que a alta da moeda pode criar oportunidades para alguns setores exportarem, principalmente aqueles que operam em commodities.
“No entanto, esse impulso depende da capacidade do governo de criar condições de infraestrutura e logística que permitam o escoamento eficiente da produção brasileira para mercados externos”, completou.
Guerra comercial
Em 2018, guerra comercial entre os Estados Unidos e China permitiu que o Brasil alcançasse um dos maiores níveis de exportação para a época.
Desta forma, a alteração do fluxo comercial possibilitou, ainda, uma maior quantidade de dólares retidos no país, melhorando o saldo nas contas externas.
Fonte: R7
Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux
Agricultura
Verba federal para agricultores atingidos pela enchente acaba em poucos dias, e produtores pedem mais R$ 5 bilhões
Agricultores gaúchos atingidos pela enchente de maio se mobilizaram nesta terça-feira (5), durante audiência pública na Câmara dos Deputados, para cobrar um novo aporte do governo federal para empréstimos subsidiados. A primeira leva de recursos disponibilizados pelo BNDES a pequenos e médios produtores já se esgotou, segundo a própria instituição.
As operações intermediadas por bancos e cooperativas totalizaram em torno de R$ 3,5 bilhões em poucos dias. Ainda há verba disponível para operações de grande porte, feitas diretamente pelo BNDES.
Em medida provisória (MP) publicada no final de outubro, o governo liberou R$ 5 bilhões para financiamentos subsidiados para capital de giro. A parcela reservada para contratos de até R$ 20 milhões se esgotou em menos de uma semana após o início efetivo das operações.
Ainda há verba disponível, segundo o BNDES, para operações entre R$ 20 milhões e R$ 400 milhões, voltadas a cooperativas e produtores de grande porte.
Além de o montante ser insuficiente, os agricultores afirmam que ele não contemplou quem obteve perdas acima de 60% da propriedade. Nesses casos, o governo exige uma análise prévia sobre o impacto da enchente, tornando o processo mais demorado.
— Como represaram todos aqueles que tiveram perdas acima de 60%, eles estão em análise por uma comissão de ministérios. Então, quem mais perdeu teve retardado o seu atendimento, e hoje este produtor tem dificuldade de crédito porque ele está negativado. Ele precisa deste empréstimo com garantia do fundo social do BNDES — disse o deputado Afonso Hamm (PP-RS), um dos organizadores da audiência.
As projeções sobre o volume de dinheiro ainda necessário para contemplar todos os produtores atingidos pela enchente variam. Com base em um levantamento junto às instituições financeiras, o subsecretário de Política Agrícola e Negócios Ambientais do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, admitiu na audiência uma demanda extra de R$ 5 bilhões. Entre os produtores, há cálculos de até R$ 10 bilhões.
Na prática, a forma mais rápida de viabilizar novas operações seria a edição de uma nova MP pelo governo federal. Há um impasse, contudo, em função dos limites do orçamento.
— O Rio Grande do Sul sofreu uma calamidade e o governo Lula tratou o caso como uma calamidade. Já colocou muitos recursos, alguns não chegaram por burocracia alheia ao governo. Mas eu estou convencido de que o recurso do fundo social precisa de um novo aporte. As instituições bancárias também já demonstraram isso ao governo — disse o deputado Bohn Gass (PT-RS).
Presente na audiência, o secretário adjunto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Wilson Vaz de Araújo, disse que a pasta deve solicitar um novo aporte ao Ministério da Fazenda e à Casa Civil.
Há um temor entre os agricultores sobre o prazo necessário para uma nova liberação, já que em muitas regiões o início do plantio precisa ocorrer ainda em novembro.
Foto: Camila Hermes / Agencia RBS
Fonte: GZH
Por Rádio Blau Nunes
Agricultura
Brigada Militar realiza Operação de Fiscalização e Combate ao Desmatamento em Soledade e Ponte Preta
Nessa terça-feira (29/10), a Brigada Militar, por meio do 3º Batalhão Ambiental (BABM), realizou Operação de Fiscalização e Combate a desmatamentos e áreas degradadas, no interior do Estado.
Através de denúncias anônimas, as equipes do 3º BABM flagraram áreas com pontos de desmatamento nos municípios de Soledade e Ponte Preta.
Em Ponte Preta, os policiais militares constataram a supressão de vegetação nativa, pertencente ao Bioma Mata Atlântica, atingindo uma área de 2.100 metros quadrados. O proprietário da área apresentou uma autorização para corte de vegetação, porém conforme análise das imagens obtidas pelo satélite, foi possível identificar que a destruição da vegetação ocorreu anterior a emissão da referida licença.
Já em Soledade, a equipe do 3º BABM flagrou 22.400 metros quadrados de supressão de vegetação nativa, atingindo três pontos distintos da mesma propriedade. Conforme a vegetação remanescente, foi possível identificar que o dano atingiu diversas espécies de árvores nativas, pertencentes ao Bioma Mata Atlântica. Ainda, há indícios de utilização irregular de fogo na vegetação. O responsável pela área não possuía licença ou autorização do órgão ambiental competente para realizar a intervenção no local.
Os responsáveis pelas áreas foram identificados, sendo confeccionados os, respectivos, Boletins de Ocorrências Policiais, pelos crimes contra a flora.
Edição: Comunicação Social 3º BABM
Fotos: 3º BABM