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‘Já gastei uns R$ 80 mil em Tupperware’, diz fã da marca de potes que enfrenta derretimento das ações

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“Uma mãe pode até esquecer o dinheiro que ela te emprestou, mas nunca vai esquecer a Tupperware que você levou com comida”.

A frase representa bem o apego que muitas donas de casa têm em relação a marca dos famosos potes de plásticos que, na última semana, informou que enfrenta dificuldades financeiras e corre o risco de falir.

Ao longo de décadas de história (veja a trajetória da empresa mais abaixo), a Tupperware transformou seus produtos em objetos de desejo e símbolos de status nas cozinhas brasileiras.

Com uma coleção de mais de 300 peças, entre jarras, bandejas, garrafinhas e até kits de churrasco, a administradora Pricilla Lomes Batemarque entende muito bem essa paixão pela marca norte-americana. Na casa dela, visita só leva “marmita” nas embalagens descartáveis, reservadas exclusivamente para isso. Já nos potes do Tupperware ninguém toca.

“Nas minhas Tupperware ninguém mexe. É motivo de briga aqui em casa. Morro de ciúmes delas. Quer levar comida? Pode, com todo prazer. Mas compro vasilha justamente pra isso. Separo também potes de sorvete, que aí nem precisa voltar”, disse.

A primeira peça que ela ganhou foi uma jarra de água, herdada pela mãe, há 38 anos. Desde então, o investimento na marca tem sido alto. Juntando todos os itens, Pricilla conta que cerca de R$ 80 mil já foram gastos em Tupperware.

“Contando tudo que tenho em casa, acho que ja gastei uns 70, 80 mil em Tupperware”, disse.

Sobre a possibilidade de falência da empresa, Pricilla lamentou.

É uma paixão que passa de geração para geração. Eu sou apaixonada pelas minhas vasilhas. Eu cuido. Eu gosto. Se a marca falir, vai ser muito triste. Eu tenho um estoque maravilhoso, mas e quem ainda não teve a oportunidade de conhecer? Seria bem triste”, contou.

‘Juntei a fome com a vontade de comer’
A consultora de sistemas de Recursos Humanos, Patrícia Ribeiro, também descobriu o amor pelos potes ainda quando criança, nos anos 80.
“Lembro que eu ia na casa das minhas avós e ficava deslumbrada com aquelas jarras e bacias coloridas”, contou.
Aos 19 anos, Patrícia encontrou na paixão uma forma de fazer um grana extra para complementar a renda.
“Era impossível trabalhar fora com dois bebês. Foi então que encontrei na Tupperware uma oportunidade de trabalhar em casa, com flexibilidade e, principalmente, com algo que eu amava. Juntei a fome com a vontade de comer! Ganhava meu dinheirinho e ainda comprava meus produtos com desconto”, contou.
Assim como Patrícia, outras pessoas, principalmente mulheres, encontraram na Tupperware uma fonte de renda. Para ela, o encerramento das atividades da empresa “significa perda de trabalho para milhares de brasileiros”.
“Acredito que a marca é muito forte e irá se reerguer”, afirmou.
 
A história da marca
A marca surgiu há mais de 50 anos, quando o químico e empresário Earl Tupper decidiu criar moldes com vedação hermética para recipientes de armazenamento de plástico. No Brasil, a companhia chegou em 1976 e, atualmente, são produzidos em uma fábrica no Rio de Janeiro.
A história da empresa mudou completamente quando o empresário conheceu Brownie Wise, uma ex-representante de vendas que criou um sistema de marketing chamado “planos de festas”, onde mulheres convidavam amigas e vizinhas e faziam uma combinação de evento social e apresentação de vendas.
Com isso, nasceram as demonstrações conhecidas como “Reuniões Tupperware®”, onde as consultoras da companhia convidam amigas e outras pessoas de confiança para mostrar e ensinar como utilizar os produtos. Nestes encontros, até a forma de abrir e fechar as embalagens é ensinada às clientes.

Entenda a crise

Na última sexta-feira (7), a empresa Tupperware comunicou que enfrenta problemas de crédito e informou que recebeu uma notificação da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês), indicando que pode ter o registro cancelado.

Em novembro de 2021, a companhia fechou três contratos de crédito que foram firmados com credores:

  • uma linha de crédito rotativo com garantias, de US$ 220 milhões;
  • um empréstimo a prazo, de US$ 400 milhões;
  • outro empréstimo a prazo de US$ 200 milhões.

Todos os financiamentos tinham vencimento em julho de 2025. Porém, os contratos foram revistos no início deste ano, de maneira que parte do crédito rotativo foi convertida em um empréstimo a prazo de US$ 200 milhões. Assim, os recursos disponíveis para tomada nessa linha rotativa foram reduzidos.

Com o caixa apertado e perspectiva ruim com o cenário econômico desafiador, a empresa sinalizou que pode descumprir as cláusulas, o que a tornará inadimplente. A inadimplência confere ao credor a possibilidade de exigir o reembolso dos empréstimos pendentes e restringir futuras concessões de recursos.

Plano de reestruturação

Diante desse cenário, a empresa formulou um plano de reestruturação de negócios, indicando que contratou consultores financeiros e que participa de discussões com potenciais investidores para encontrar um financiamento e seguir com as atividades.

A companhia ainda informou que está “revisando seu portfólio de imóveis” e avalia possíveis vendas, alienações ou arrendamentos (quando a empresa cede o direito de uso do imóvel por um determinado período), como forma de tentar monetizar seus ativos.

Caso a companhia não consiga negociar com credores ou caso não obtenha os recursos suficientes para manter suas operações, a empresa afirma que precisará “modificar suas operações e reduzir os gastos a um nível sustentável”.

De acordo com a Tupperware, para isso, a empresa precisaria “reduzir ou eliminar alguns ou todos os investimentos contínuos ou planejados” em diversas áreas, o que poderia afetar as operações ou forçar a companhia a encerrar totalmente suas atividades.

FONTE: G1

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Cultura

Unesco declara Parque dos Lençóis Maranhenses Patrimônio da Humanidade

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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) declarou o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (foto) como Patrimônio Natural da Humanidade. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (26) na 46ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, realizado até o fim do mês em Nova Délhi, na Índia. 

O parque, localizado a cerca de 250 quilômetros de  São Luís, capital do Maranhão, foi criado há mais de 40 anos. Ele é o maior campo de dunas da América do Sul, com 155 mil hectares.

Ou seja, maior que a cidade de São Paulo, sendo famoso pelas lagoas cristalinas que se formam entre as dunas brancas no período de chuvas. Atualmente, a gestão é feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Conquista

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, comemorou a notícia. Na rede social X (antigo Twitter), Brandão disse que a decisão da Unesco foi uma grande conquista para o estado. 

“Sem dúvida, este reconhecimento fortalecerá o turismo e a preservação deste tesouro natural maranhense. Agradeço aos membros do Comitê do Patrimônio pela aprovação”, disse Brandão.

Entre os requisitos atendidos pelo parque para obter o título figuram a beleza natural, os geológicos significativos e os habitats para a conservação da biodiversidade, incluindo espécies ameaçadas. O dossiê de candidatura dos Lençóis Maranhenses foi encaminhado em 2018.

O Brasil já possui sete sítios declarados Patrimônio Natural Mundial: o Parque Nacional de Iguaçu, em Foz do Iguaçu; as reservas de Mata Atlântica, em São Paulo e Paraná; a Costa do Descobrimento, na Bahia e Espírito Santo; as áreas Protegidas da Amazônia Central e do Pantanal; a Chapada dos Veadeiros e o Parque Nacional das Emas, em Goiás; além do arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas. O título conferido ao Parque dos Lençóis Maranhenses é o oitavo da lista.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: Agência Brasil

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Zico tem mala roubada com itens de valor em frente a hotel em Paris; prejuízo supera R$ 1 milhão

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O ex-jogador Zico teve um prejuízo milionário ao ter uma mala roubada na entrada do hotel onde está hospedado em Paris. Os itens subtraídos somam cerca de 200 mil euros, o equivalente a R$ 1,2 milhão, na cotação da manhã desta sexta (26).

A imprensa francesa chegou a afirmar que a perda chegaria aos 500 mil euros (R$ 3 milhões), mas fontes ouvidas pelo g1 atestam que esse valor não procede.

O crime ocorreu na noite de quinta-feira (25) na capital francesa, véspera da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.

O ídolo do Flamengo está na capital francesa na condição de embaixador do Time Brasil nas Olimpíadas. As informações sobre o roubo foram divulgadas pelo jornal “Le Parisién” e confirmadas pelo g1.

O “Parisién” afirma que, entre os itens subtraídos, estavam um relógio Rolex, uma joia cravejada de diamantes e notas de euro e de dólar.

Zico estava em frente ao hotel onde está hospedado, do 19º distrito de Paris, junto com sua mulher, saindo do carro de uma empresa de transporte. A suspeita é que os ladrões agiram em dupla — enquanto um distraía o casal e o motorista, o outro abriu o carro e levou a mala embora.

Até as 8h da manhã desta sexta-feira, nem o jogador, nem sua assessoria haviam se manifestado publicamente sobre o episódio.

Embaixador nos Jogos Olímpicos

Zico foi anunciado como Embaixador do Time Brasil em fevereiro. A ideia do COB era ter nesse posto um ídolo do esporte brasileiro que nunca tinha disputado os Jogos Olímpicos.

O ex-jogador participou do Pré-Olímpico para Munique-1972, mas ficou fora da lista final. Na ocasião, o Brasil caiu na fase de grupos após fazer apenas um ponto.

“Fiquei muito sensibilizado e feliz, por ser do esporte, por adorar participar e ver competições de outras modalidades. Recebi o convite do COB, aceitei de imediato. É uma honra para nós, como brasileiros. Não tive a chance de disputar os Jogos Olímpicos. Isso me frustrou muito na época, por ter jogado todo o Pré-Olímpico. Receber esse convite me fez ver que era a oportunidade de conhecer de perto uma competição que eu admiro bastante. É bacana para quem ama e adora o esporte” declarou Zico, na época.

Fonte: g1

Foto: Divulgação

MB Notícias

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Acidente me Júlio de Castilhos- RS deixa sete feridos

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Acidente veicular colisão frontal, na Br 158 próximo a entrada do Rincão dos Bastos, envolvendo um celta prata, de Júlio de Castilhos e uma Duster, de Tupã, resultando sete vítimas sendo dois ocupantes do celta e cinco na Duster..

Os cinco ocupantes da Duster- quatro deles da mesma família – sofreram lesões leves (motorista, 50 anos, natural de Tupanciretã; passageira, 38 anos, natural de Quevedos; passageira, 18 anos, natural de Tupanciretã; passageiro, 12 anos, natural de Tupanciretã; passageiro, 13 anos, natural de Ibirubá). Já os dois ocupantes do Celta, mãe e filho (condutora, 33 anos, natural de Gravataí, e passageiro, 8 anos, natural de São Miguel do Oeste), sofreram lesões graves.

O atendimento do acidente foi concluído pela equipe PRF e o trânsito flui normalmente no local.

Todos encaminhados ao HBSB para avaliação médica e exames complementares, vítimas com escoriações porém estáveis, atenderam a ocorrência Bombeiros Militar de Júlio e Santa Maria, SAMU Júlio, ambulância do município e PRF,

Fonte de texto:

Edição Galerananet e

PRF Santa Maria

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