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Moeda única para o Mercosul afetaria combate à inflação

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LEO LA VALLE/AFP

Proposta discutida durante encontro de Fernando Haddad com embaixador da Argentina esbarra na criação de um banco central para definir uma política monetária para todos os países do bloco.

criação de uma moeda única para os países que integram o Mercosul (Mercado Comum do Sul) voltou a ser debatida em Brasília depois que Fernando Haddad assumiu o Ministério da Fazenda. Vista com bons olhos por alguns países do bloco, a ideia é rechaçada por economistas.

Em reunião com o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, Haddad conversou sobre a adoção de uma moeda para facilitar as transações comerciais no bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. “Significa uma unidade para a integração e as trocas comerciais dentro do bloco”, disse Scioli após o encontro.

Ainda que a adoção da moeda única represente um fortalecimento das relações comerciais entre os países que fazem parte do Mercosul, a discussão traz muitos entraves e afigura-se distante da realidade. “O Mercosul tem muito mais desafios para se preocupar do que a criação de uma moeda única”, afirma Guilherme Gomes, consultor de comércio internacional da BMJ Associados.

Segundo os especialistas ouvidos pelo R7, o projeto implica a instalação de um banco central único para todos países do Mercosul, o que afetaria a política de combate à inflação e, consequentemente, resultaria em uma perda de atividade econômica no Brasil.

As avaliações levam em conta que os países que integram o bloco têm necessidades econômicas diferentes, que dificilmente seriam tratadas de maneira eficaz com uma única política monetária, principal ferramenta de controle dos preços.

“Além de você considerar as taxas de inflação muito diferentes, é necessário pensar como a definição de uma taxa de juros única controlada pelo banco central do Mercosul poderia afetar as defesas de inflações tão discrepantes entre os países do bloco”, avalia Gomes.

Para Angela Menezes, professora na área de finanças e métodos quantitativos da Universidade Mackenzie, o momento para a adoção da moeda única não é o ideal. Ela afirma que qualquer discussão a respeito teria o Brasil como a nação mais impactada, positiva ou negativamente. “O Brasil não tem ainda maturidade para ter um modelo de moeda única, como o euro”, avalia.

“O principal problema da criação de uma moeda única envolve a perda de soberania monetária e da agilidade para a tomada de decisões, o que atrasa o processo econômico individual dos países”, completa Angela.

Entre as distorções econômicas mais evidentes aparecem a atual inflação da Argentina, que beira os 100% em 12 meses e resultam em uma taxa básica de juros em 75% ao ano. No Brasil, o índice oficial de preços é de 5,9% no acumulado até novembro, enquanto a taxa Selic figura em 13,75% ao ano.

Gomes recorda que a Europa já apresenta vulnerabilidade após a instalação de uma moeda única na zona do euro e sofre com variações de preços. “Se você aumenta muito a taxa de juros, afeta as economias que têm a inflação baixa. Por outro lado, se você não elevar o suficiente, vai impedir o controle dos preços nos países com a inflação mais alta”, explica.

Apesar de criticar a adoção da moeda única nos moldes do euro, Angela diz ver com bons olhos o desenvolvimento de uma unidade monetária para a integração comercial. “Pode ser um modelo de amadurecimento das nossas relações comerciais. […] Se houver a manutenção das moedas, pode ser uma opção inicial interessante e vantajosa para todos os países”, avalia a professora.

A proposta abordada no encontro entre Haddad e Scioli, no entanto, não é novidade e aparece nas discussões entre os países desde a formação do bloco. Há alguns anos já foi, inclusive, abordado um projeto embrionário da criação de uma moeda única entre o Brasil e a Argentina.

Em 2019, em visita à Argentina, o então presidente Jair Bolsonaro afirmou que a ideia idealizada por Paulo Guedes para a criação do “peso-real” seria o “primeiro passo para o sonho de uma moeda única no Mercosul”.

Argentina tem inflação que beira os 100% e precisa de política monetária distinta da brasileira

Fonte: R7https://noticias.r7.com/economia/moeda-unica-para-o-mercosul-afetaria-combate-a-inflacao-04012023

Foto: LEO LA VALLE/AFP

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Cultura

Unesco declara Parque dos Lençóis Maranhenses Patrimônio da Humanidade

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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) declarou o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (foto) como Patrimônio Natural da Humanidade. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (26) na 46ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, realizado até o fim do mês em Nova Délhi, na Índia. 

O parque, localizado a cerca de 250 quilômetros de  São Luís, capital do Maranhão, foi criado há mais de 40 anos. Ele é o maior campo de dunas da América do Sul, com 155 mil hectares.

Ou seja, maior que a cidade de São Paulo, sendo famoso pelas lagoas cristalinas que se formam entre as dunas brancas no período de chuvas. Atualmente, a gestão é feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Conquista

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, comemorou a notícia. Na rede social X (antigo Twitter), Brandão disse que a decisão da Unesco foi uma grande conquista para o estado. 

“Sem dúvida, este reconhecimento fortalecerá o turismo e a preservação deste tesouro natural maranhense. Agradeço aos membros do Comitê do Patrimônio pela aprovação”, disse Brandão.

Entre os requisitos atendidos pelo parque para obter o título figuram a beleza natural, os geológicos significativos e os habitats para a conservação da biodiversidade, incluindo espécies ameaçadas. O dossiê de candidatura dos Lençóis Maranhenses foi encaminhado em 2018.

O Brasil já possui sete sítios declarados Patrimônio Natural Mundial: o Parque Nacional de Iguaçu, em Foz do Iguaçu; as reservas de Mata Atlântica, em São Paulo e Paraná; a Costa do Descobrimento, na Bahia e Espírito Santo; as áreas Protegidas da Amazônia Central e do Pantanal; a Chapada dos Veadeiros e o Parque Nacional das Emas, em Goiás; além do arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas. O título conferido ao Parque dos Lençóis Maranhenses é o oitavo da lista.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: Agência Brasil

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Zico tem mala roubada com itens de valor em frente a hotel em Paris; prejuízo supera R$ 1 milhão

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O ex-jogador Zico teve um prejuízo milionário ao ter uma mala roubada na entrada do hotel onde está hospedado em Paris. Os itens subtraídos somam cerca de 200 mil euros, o equivalente a R$ 1,2 milhão, na cotação da manhã desta sexta (26).

A imprensa francesa chegou a afirmar que a perda chegaria aos 500 mil euros (R$ 3 milhões), mas fontes ouvidas pelo g1 atestam que esse valor não procede.

O crime ocorreu na noite de quinta-feira (25) na capital francesa, véspera da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.

O ídolo do Flamengo está na capital francesa na condição de embaixador do Time Brasil nas Olimpíadas. As informações sobre o roubo foram divulgadas pelo jornal “Le Parisién” e confirmadas pelo g1.

O “Parisién” afirma que, entre os itens subtraídos, estavam um relógio Rolex, uma joia cravejada de diamantes e notas de euro e de dólar.

Zico estava em frente ao hotel onde está hospedado, do 19º distrito de Paris, junto com sua mulher, saindo do carro de uma empresa de transporte. A suspeita é que os ladrões agiram em dupla — enquanto um distraía o casal e o motorista, o outro abriu o carro e levou a mala embora.

Até as 8h da manhã desta sexta-feira, nem o jogador, nem sua assessoria haviam se manifestado publicamente sobre o episódio.

Embaixador nos Jogos Olímpicos

Zico foi anunciado como Embaixador do Time Brasil em fevereiro. A ideia do COB era ter nesse posto um ídolo do esporte brasileiro que nunca tinha disputado os Jogos Olímpicos.

O ex-jogador participou do Pré-Olímpico para Munique-1972, mas ficou fora da lista final. Na ocasião, o Brasil caiu na fase de grupos após fazer apenas um ponto.

“Fiquei muito sensibilizado e feliz, por ser do esporte, por adorar participar e ver competições de outras modalidades. Recebi o convite do COB, aceitei de imediato. É uma honra para nós, como brasileiros. Não tive a chance de disputar os Jogos Olímpicos. Isso me frustrou muito na época, por ter jogado todo o Pré-Olímpico. Receber esse convite me fez ver que era a oportunidade de conhecer de perto uma competição que eu admiro bastante. É bacana para quem ama e adora o esporte” declarou Zico, na época.

Fonte: g1

Foto: Divulgação

MB Notícias

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Acidente me Júlio de Castilhos- RS deixa sete feridos

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Acidente veicular colisão frontal, na Br 158 próximo a entrada do Rincão dos Bastos, envolvendo um celta prata, de Júlio de Castilhos e uma Duster, de Tupã, resultando sete vítimas sendo dois ocupantes do celta e cinco na Duster..

Os cinco ocupantes da Duster- quatro deles da mesma família – sofreram lesões leves (motorista, 50 anos, natural de Tupanciretã; passageira, 38 anos, natural de Quevedos; passageira, 18 anos, natural de Tupanciretã; passageiro, 12 anos, natural de Tupanciretã; passageiro, 13 anos, natural de Ibirubá). Já os dois ocupantes do Celta, mãe e filho (condutora, 33 anos, natural de Gravataí, e passageiro, 8 anos, natural de São Miguel do Oeste), sofreram lesões graves.

O atendimento do acidente foi concluído pela equipe PRF e o trânsito flui normalmente no local.

Todos encaminhados ao HBSB para avaliação médica e exames complementares, vítimas com escoriações porém estáveis, atenderam a ocorrência Bombeiros Militar de Júlio e Santa Maria, SAMU Júlio, ambulância do município e PRF,

Fonte de texto:

Edição Galerananet e

PRF Santa Maria

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