Agricultura
Rio Grande do Sul ultrapassa cem municípios em situação de emergência em razão da estiagem
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Os efeitos da falta de chuva aumentam a cada dia no Rio Grande do Sul. Nesta terça-feira (17), o número de municípios que decretaram situação de emergência chegou a 103. Os mais recentes integrantes da lista são Arvorezinha, Barros Cassal, Estrela Velha, Hulha Negra, Novo Barreiro, Palmeira das Missões, Sinimbu, Triunfo, Turuçu e Vila Nova do Sul.
De acordo com a Emater-RS, a cultura mais prejudicada é a do milho, já que lavouras estão na fase de florescimento e enchimento dos grãos, considerada a mais sensível. A produção de leite também sofre impacto, já que a alta temperatura prejudica os animais e há falta de alimento para o gado.
A Emater-RS não tem estimativa dos prejuízos causados pela estiagem neste verão. A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) prefere ter cautela ao falar de valores, já que a maior parte das lavouras de soja, grão predominante do Estado, ainda está em fase de germinação. Conforme a Farsul, caso os volumes de chuva se normalizem nas próximas semanas, pode ocorrer uma reviravolta, e o Rio Grande do Sul estará diante de um novo horizonte econômico.
Do total de decretos de emergência, 35 foram homologados pelo Estado e 22 reconhecidos pela União. O decreto é uma ferramenta que permite que municípios busquem recursos junto aos governos estadual e federal. Ao mesmo tempo, prefeitos ganham mais liberdade para realizarem contratações de serviços e materiais de forma emergencial para combater a crise, ou seja, sem ter de passar pelo tradicional processo licitatório.
Estiagem castiga, mas menos do que no ano passado
O subchefe de Proteção e Defesa Civil do Rio Grande do Sul, coronel Marcus Vinicius Gonçalves Oliveira, informa que, até segunda-feira (16), 740.753 pessoas estavam na lista dos afetados pela estiagem. O número, segundo ele, é menor do que o registrado em igual período do verão passado, entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Na época, a população de atingidos pela falta de chuva era de 1.401.887.
— Tivemos um inverno chuvoso, que recuperou as nossas bacias hidrográficas. Além disso, temos uma região de precipitação maior, pelo menos relacionada a anos anteriores — explica Oliveira.
Apesar de o cenário positivo na comparação, Oliveira ressalta que a situação dos rios inspira atenção. Segundo boletim da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, a maior parte deles apresenta níveis em declínio ou estabilidade.
Socorro chega, mas atrasado
A primeira cidade a decretar situação de emergência no atual pedido de estiagem foi Tupanciretã, na Região Central, em 1º de dezembro de 2022. Porém, de lá para cá, o prefeito Gustavo Terra afirma que não houve apoio prático nem do Estado, nem da União. Terra conta que o Estado viabilizou a perfuração de dois poços artesianos e liberou recursos para a construção de 12 açudes, mas essas ações, de acordo com ele, são referentes ao solicitado durante a estiagem de 2021/2022. Já a União enviou, também com demora, aproximadamente R$ 456 mil, verba utilizada na aquisição de diesel, reservatórios móveis, cestas básicas para famílias do interior, água potável e horas-máquina, explica o prefeito.
Terra estima um prejuízo acima de R$ 157 milhões para Tupanciretã. O município é o maior produtor de soja do Rio Grande do Sul. O prefeito estima que a área plantada do grão irá diminuir por conta do receio com a quebra da colheita.
— Estou como coordenador da pauta de estiagem na Associação dos Municípios da Região Centro, a AMCentro. Tenho pedido para o prefeito sugestões de políticas públicas permanentes para o combate à estiagem. Vou levá-las para o governo do Estado. Acredito que precisamos de medidas permanentes, mais ágeis e automáticas diante de uma situação de crise — propõe Terra.
Estado edital para repassar verbas por convênio
Questionado sobre as ações práticas que o Estado tem para apoiar o município, o secretário de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, lembra que as ações do programa Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural também servem para amenizar os impactos da crise hídrica.
— Atuamos na distribuição de cisternas, até três por município, na construção de açudes, e até o fim do mês teremos um edital para repassar recursos para os municípios para a perfuração de poços artesianos por meio de um convênio — comenta o secretário.
Sobre o edital, ele afirma que o Estado concluiu que é mais efetivo e menos oneroso repassar recursos para os municípios. O modelo de convênios é uma alternativa a contratação de uma empresa que fizessem a perfuração de poços em todo o Rio Grande do Sul, serviço que poderia se tornar caro e demorado em função da logística e das diferenças de solo de cada região.
O secretário garante que os 497 municípios terão condições de se habilitar no edital, e que a pasta tem quase R$ 70 milhões para investir no projeto.
Com relação a demora no envio de recursos e serviços, o secretário afirma que o Estado não deixa de prestar apoio aos municípios. Feltes reforça que o Avançar não parou mesmo durante o período eleitoral que, pela experiência dele, sempre costuma gerar empecilhos para a administração pública. Entretanto, ele reconhece que, às vezes, os entraves não partem somente do Estado, mas também das prefeituras envolvidas.
Municípios que decretaram situação de emergência até agora
Agudo
Araricá
Arroio do Padre
Arroio Grande
Barra do Guarita
Benjamin Constant do Sul
Boa Vista do Incra
Boqueirão do Leão
Brochier
Cacequi
Caiçara
Candiota
Capão do Cipó
Cerrito
Cerro Branco
Cerro Grande
Cerro Largo
Chapada
Cristal do Sul
Cruz Alta
Dezesseis de Novembro
Dilermando de Aguiar
Dois Irmãos das Missões
Dona Francisca
Erval Seco
Esperança do Sul
Faxinal do Soturno
Fontoura Xavier
Fortaleza dos Valos
Frederico Westphalen
Herval
Iraí
Itaara
Jaboticaba
Jacutinga
Jaguari
Jari
Jóia
Júlio de Castilhos
Lajeado do Bugre
Liberato Salzano
Maçambará
Manoel Viana
Marques de Souza
Mata
Miraguaí
Morro Redondo
Nova Esperança do Sul
Nova Palma
Nova Ramada
Novo Cabrais
Novo Tiradentes
Palmitinho
Paraíso do Sul
Passa Sete
Pedras Altas
Pejuçara
Pinhal
Pinheiro Machado
Piratini
Quevedos
Redentora
Restinga Seca
Rio dos Índios
Rodeio Bonito
Rolador
Roque Gonzales
Sagrada Família
Salvador das Missões
Santa Margarida do Sul
Santa Maria
Santiago
Santo Augusto
São Borja
São Francisco de Assis
São Gabriel
São João do Polêsine
São José das Missões
São José do Inhacorá
São José do Norte
São Lourenço do Sul
São Luiz Gonzaga
São Martinho da Serra
São Paulo das Missões
São Pedro das Missões
São Pedro do Butiá
São Vicente do Sul
Seberi
Segredo
Sinimbu
Sobradinho
Taquari
Taquaruçu do Sul
Tenente Portela
Toropi
Três Passos
Tupanciretã
Ubiretama
Unistalda
Vicente Dutra
Vila Nova do Sul
Vista Alegre
Vista Gaúcha
Fonte: GZH
Foto: Emater / Divulgação
Agricultura
Aprovado, Panambi deve se tornar “Capital Nacional da Pós-Colheita de Grãos”
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Localizado na região noroeste do Rio Grande do Sul, Panambi está perto de se tornar a “Capital Nacional da Pós-Colheita de Grãos”. O projeto que confere o título ao município gaúcho foi aprovado nesta quarta-feira (17) pelo Plenário do Senado e segue para sanção do presidente da República.
Apresentado pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), o PL 5.990/2019 recebeu parecer favorável do relator, senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Tanto o autor quanto o relator destacam que, ao longo das décadas, o município desenvolveu um extenso parque industrial voltado, principalmente, para a produção de máquinas usadas no tratamento e na armazenagem de grãos.
Segundo dados apresentados pelos parlamentares, aproximadamente 60% dos grãos colhidos no Brasil são tratados no período de pós-colheita em equipamentos produzidos em uma das mais de cem empresas do polo industrial de Panambi.
“O pioneirismo no processo de mecanização agrícola no país, associado ao alto índice de alfabetização e ao empenho dos empresários em investir sistematicamente em pesquisa, desenvolvimento, fabricação e comercialização de equipamentos para beneficiar e armazenar grãos, transformou Panambi num polo de avançada tecnologia para o setor”, afirma Mourão no parecer.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte e foto: Agência Senado
Agricultura
Exportações do agronegócio brasileiro chegam a 82,3 bilhões de dólares no semestre, aponta ministério
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As vendas externas de itens do agronegócio chegaram a 15,20 bilhões de dólares em junho de 2024. O valor representa um aumento em comparação com o registrado em maio deste ano, quando as exportações atingiram 15,02 bilhões de dólares, conforme comunicado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
Na comparação do mês ano a ano, houve avanço nas exportações brasileiras de grãos. Elas subiram de 14,96 milhões de toneladas em junho de 2023 para 15,07 milhões no mesmo mês deste ano. O valor representa um aumento de 0,7%.
Também houve aumento no volume de exportação de cana-de-açúcar, celulose, algodão não cardado nem penteado, farelo de soja e café verde. Com isso, o índice de quantidade apurado para exportações do agronegócio ficou positivo em 4,5%.
No acumulado dos últimos 12 meses, as exportações somaram 166,20 bilhões de dólares. O valor representa um crescimento de 2,4% na comparação com os doze meses anteriores.
O comunicado destaca ainda que “entre julho de 2023 e junho de 2024, os produtos do agronegócio representaram 48,6% de todas as exportações brasileiras, 0,2 ponto percentual acima da participação verificada entre julho de 2022 e junho de 2023.”
Saldo do 1º semestre
Já no recorte do primeiro semestre de 2024, as exportações do setor no Brasil alcançaram 82,39 bilhões de dólares. Este é o segundo maior valor registrado para a série histórica.
Desse total, a maior parcela corresponde ao complexo soja, que alcançou 33,53 bilhões de dólares. O valor representa 40,7% do total exportado pelo agronegócio.
Em seguida, foram destacados o setor da carne, que corresponde a 14,3% do valor dessas exportações; o complexo sucroalcooleiro, correspondendo a 11,2% do total no período; os produtos florestais, com percentual de participação em 10,1%; e o setor do café, com 6,4%.
Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa, o aumento das exportações no primeiro semestre deste ano reflete o resultado dos recordes nas aberturas de mercado e o diálogo do Brasil com outros países.
Foto: Reprodução
Fonte: O Sul
Agricultura
Brigada Militar flagra 33.300 metros quadrados de desmatamento em Ajuricaba
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Após receber o alerta da plataforma MapBiomas, a equipe, do 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM), flagrou, neste domingo (07/07), a destruição de vegetação nativa, no interior do município de Ajuricaba.
Os policiais militares realizaram a inspeção no local e *constataram a supressão de vegetação nativa, pertencente ao Bioma Mata Atlântica, atingindo uma área de 33.300 metros quadrados*.
O proprietário da área foi identificado e responderá pelo crime ambiental.
O desmatamento e o uso irregular do solo causam muitos impactos ao meio ambiente, atingindo todos os seres vivos, prejudicando a biodiversidade e influenciando nas mudanças climáticas.
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Edição: Comunicação Social 3º BABM
Fotos: 3º BABM | Cruz Alta