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Tempestade no RS deixou dois mortos, mais de 500 desalojados e 225 mil afetados, diz Defesa Civil
A Defesa Civil Estadual elevou de 89.050 para 225.231 o número de afetados pelas tempestades da terça-feira passada (16) no Rio Grande do Sul. O total de pessoas desalojadas, em casas de amigos e parentes subiu de 463 para 563. Outras 30 permanecem em abrigos públicos em Gravataí, na região Metropolitana. Doze pessoas se feriram e dois homens morreram, um deles na zona Norte de Porto Alegre e outro em Cachoeirinha.
De acordo com o balanço, atualizado na tarde deste domingo (21), 63 prefeituras relataram estragos – uma a mais em relação ao levantamento anterior, da sexta-feira. Sinimbu, no Vale do Rio Pardo, entrou para a relação durante o fim de semana. O órgão ainda não detalha quantas já decretaram situação de emergência.
Embora tenha sido revista, a estimativa de pessoas diretamente afetadas pelas tempestades não leva em conta os centenas de milhares de consumidores que ficaram sem água, luz, internet e telefonia, por exemplo.
Na tarde deste domingo, ainda havia 63 mil pontos sem energia elétrica no Rio Grande do Sul. A concessionária RGE confirmou 36 mil clientes sem luz. Já a CEEE Equatorial contabiliza 27 mil. Ambas prometem regularizar a maioria das situações até o fim do dia.
Veja a lista de cidades que relataram estragos à Defesa Civil até a tarde deste domingo:
Aceguá
Agudo
Alvorada
Cachoeira do Sul
Cachoeirinha
Candiota
Canela
Canoas
Centenário
Cerro Branco
Cerro Grande do Sul
Charqueadas
Charrua
Colinas
Cruzeiro do Sul
Dezesseis de Novembro
Eugênio de Castro
Eldorado do Sul
Encruzilhada do Sul
Esteio
Estrela
General Câmara
Gramado
Gravataí
Guaíba
Hulha Negra
Lagoa Bonita do Sul
Lajeado
Mata
Montenegro
Novo Hamburgo
Não-Me-Toque
Panambi
Paraíso do Sul
Parobé
Passa Sete
Pejuçara
Porto Alegre
Porto Lucena
Porto Vera Cruz
Restinga Seca
Santa Bárbara do Sul
Santa Cruz do Sul
Santa Maria
Santana da Boa Vista
Santo Ângelo
Santo Antônio da Patrulha
Santo Antônio do Palma
Santo Expedito do Sul
São Gabriel
São Leopoldo
São Miguel das Missões
São Paulo das Missões
São Vicente do Sul
Sapucaia do Sul
Sinimbu
Taquara
Teutônia
Vale do Sol
Venâncio Aires
Vacaria
Viamão
Vitória das Missões
Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Fonte: GZH
Agricultura
MUNICÍPIOS ATINGIDOS PELA CHUVA NO NORTE E NOROESTE DO RS ESTIMAM PREJUÍZO MILIONÁRIO NA AGRICULTURA
A maior tragédia climática do Rio Grande do Sul também afeta uma das principais fontes de renda do estado: o campo. Os prejuízos em vários setores do agronegócio ainda são contabilizados, mas já se sabe que, até mesmo nas regiões onde não houve alagamentos, o excesso de umidade abre espaço para prejuízos.
Ainda que a colheita já estivesse na fase final antes do início das chuvas, a soja também é afetada. Com 78% da área cultivada colhida no estado, a Emater realiza um levantamento das perdas da principal cultura do RS, como explica o diretor técnico Claudinei Baldissera.
— Além da soja e do milho, que está com 85% da área cultivada colhida, temos um cenário que, nas próximas semanas, através de levantamentos que já estão sendo efetuados, serão divulgados os danos causados a agropecuária gaúcha — afirmou.
Nessa safra, o município de Jóia, no noroeste gaúcho, plantou uma área de mais de 80 mil hectares de soja, segundo a Emater/RS. Porém, cerca de 10% desse total ainda não havia sido colhido antes do excesso de chuva que atingiu o Estado na última semana. Nas lavouras, o acumulado passou de 380 milímetros e trouxe perdas significativas.
No início desta semana, com o tempo firme, as máquinas puderam entrar nas lavouras e colher o que restou da cultura: grãos avariados, murchos, sem a casca e, muitos deles, apodrecidos.
— Esse é o cenário que estamos vendo aí hoje: muitas perdas, grãos avariados… Está tendo muito desconto na hora da entrega, cerca de 40% na média. (A soja) Está rendendo cerca de 30 sacas por hectare, por ter pegado a chuva, mais os descontos na hora da entrega que gira em torno de 40%. A gente estima R$ 50 milhões de prejuízo — disse o extensionista da Emater Danísio Tremea.
Na propriedade do Alessandro Pascoal, são cultivados 720 hectares com soja. A produtividade média que antes era de 55 sacas por hectare, agora não chega a 30.
— Nós viemos de dois anos terríveis de seca, mas era diferente. Assim a gente se iludiu, viu a produção, estava bonito, investiu o máximo que pôde, e agora estamos tomando uma rasteira. O que pretendíamos ter de lucro, agora vamos empatar porque muitas das nossas áreas são arrendadas — conta o agricultor.
Perdas em hortifrútis
Em Erechim, no norte do RS, conforme a Emater/RS, a chuva provocou a perda de cerca de 20 toneladas na produção de hortaliças. O agricultor Avelino Luiz Pieniak fez um levantamento prévio das perdas na propriedade.
— Jogando por baixo, perdemos em torno de R$ 30 mil. Além disso, não são só os produtos: a gente perdeu estufas que o vento levou, esmagou, levou terra embora, é bastante estrago por causa da chuva — disse.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Joel da Silva, afirmou que, mesmo sem levantamento, os produtores vão precisar de incentivos dos governos para retomarem as atividades.
— A situação é tão caótica que nós não conseguimos nem ir a campo pra saber a dimensão. Em muitas regiões, a água ainda está por cima das propriedades. Mas, na medida que a água vai baixando, estamos vendo o tamanho das perdas para toda a sociedade e principalmente os agricultores, que perderam o leite, o hortifrúti, os suínos… Vamos precisar de muito recurso para os produtores recomeçarem de novo — pontuou.
Fonte: GZH
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Morador destruiu gerador que auxiliava no abastecimento para “acabar com o barulho”, em Santa Cruz do Sul
Um morador de Santa Cruz do Sul destruiu um gerador que auxiliava no abastecimento de água do município. A situação foi revelada pelo gerente local da Corsan/Aegea, Rafael Gonçalves, durante reunião, na manhã da ultima quarta-feira,8, na Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Cruz, para tratar do abastecimento e da qualidade da água que está chegando às residências do município.
Segundo o gerente, o aparelho foi instalado na Travessa Dona Leopoldina, em Linha João Alves, para auxiliar na captação de água em um poço, mas, com os problemas causados pela chuva dos últimos dias, a equipe necessitava usar o gerador em outro ponto do município.
Quando os agentes foram no local para fazer a remoção, encontraram o aparelho destruído. Segundo informações da equipe, um morador pegou uma picareta e estragou o item.
“Na região alta da Linha João Alves, a gente teve dificuldade para restabelecer o sistema porque, no Belvedere, a gente ficou sem energia. A área é de risco [deslizamento] e a Defesa Civil interditou. A RGE acabou desligando e a gente passou o dia inteiro sem energia. Com isso, um gerador para um poço lá em cima, na Dona Leopoldina. Como não estava retornando energia no Belvedere, eu pedi para o caminhão remover o gerador e trazer aqui para baixo, para aumentar a vazão lá para cima. Quando chegamos lá, o morador tinha pegado uma picareta e destruído o gerador, para não fazer barulho para ele”, explicou.
Por Arauto.com
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Rua desmorona após chuva em Gramado
Uma rua em Gramado, na Região da Serra, desmoronou no final de semana após a chuva que atingiu a cidade. Moradores precisaram sair de casa por causa do risco à segurança deles.
De acordo com a prefeitura da cidade, o que fez com que o asfalto cedesse na Rua Henrique Bertoluci, no bairro Piratini, foi uma infiltração consequência da chuva. O Rio Grande do Sul enfrenta temporais há mais de 10 dias. Só em Gramado, sete pessoas morreram vítimas de deslizamentos de terra.
A Defesa Civil divulgou que já houve evacuações de seis bairros e cinco localidades no interior ao longo de 10 dias: Piratini, Três Pinheiros, Centro, Bavária, Planalto, Várzea Grande, linha Quilombo, Serra Grande, Estrada do Moreira, Bonita e Morro Redondo. No total, são 142 áreas nesses locais.
No último boletim divulgado pela prefeitura, na noite do último sábado (11), 974 pessoas estão fora de casa.
Entre os problemas identificados pelo poder público, estão infiltrações em imóveis e deslizamentos de terra. Há relatos de casas que desmoronaram.
Fonte: G1