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Mais de 2 mil pessoas são soterradas por deslizamento em Papua Nova Guiné

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O número de desaparecidos após um enorme deslizamento de terra em Papua Nova Guiné é estimado em milhares, segundo uma agência governamental local.

O diretor interino do Centro Nacional de Desastres do país, Lusete Laso Mana, afirmou em um comunicado que os pareceres atuais apontam que provavelmente mais de 2.000 pessoas tenham sido soterradas após o desastre de sexta-feira (24/5 do horário local, quinta-feira 23 do Brasil).

No entanto, tem sido difícil estabelecer um número exato de vítimas e as estimativas variam muito, uma vez que os esforços de resgate estão caminhando muito lentamente.

Os escombros deixados pelo desabamento em algumas áreas chegam a 10 metros de profundidade e as equipes de resgate não possuem equipamento adequado para acessar as vítimas. Menos de 12 corpos foram recuperados até agora.

O desabamento na encosta de uma montanha destruiu uma aldeia inteira na província de Enga. Os danos se estendem por cerca de um quilômetro, segundo testemunhas.

Cerca de 3.800 pessoas viviam na área antes do desastre.

Na nota divulgada, Lusete Laso Mana afirma que os danos foram “extensos” e que “causaram grande impacto na sobrevivência econômica do país”.

O primeiro-ministro James Marape lamentou o ocorrido e ordenou que as forças de defesa e as agências de emergência do país se deslocassem para a área, localizada a cerca de 600 quilômetros da capital Port Moresby.

Mas os moradores da aldeia afetada de Kaokalam dizem que ainda aguardam as operações de resgate maiores prometidas pelas autoridades.

Uma moradora, Evit Kambu, disse acreditar que muitos de seus familiares estejam presos sob os escombros.

“Tenho dezoito membros da minha família enterrados sob os escombros e sob o solo que estou pisando”, disse à agência de notícias Reuters.

“Obrigado a todos que vieram nos ajudar. Mas não consigo recuperar os corpos, por isso estou aqui, impotente.”

Um líder comunitário que visitou o local disse à BBC que os moradores estão se sentindo abandonados. Eles estão usando pás e até as próprias mãos para tentar desenterrar as vítimas

“Já se passaram quase três ou quatro dias, mas [muitos] corpos ainda não foram localizados. Continuam cobertos pelo deslizamento de terra e as pessoas estão achando muito difícil desenterrá-los – eles estão pedindo apoio e ajuda do governo”, disse Ignas Nembo o programa Newshour da BBC.

No entanto, um membro da polícia local disse à BBC que soldados estavam no local removendo pedras.

O Comandante da Polícia Provincial em exercício, Martin Kelei, descreveu estes esforços como precários – uma vez que a remoção de pedras do tamanho de carros e outras grandes barreiras aumenta o risco de mais deslizamentos.

“Cavar é muito difícil no momento porque estamos preocupados com mais deslizamentos de terra e mortes – então as pessoas locais só estão cavando onde podem ver que é seguro. Estamos tentando identificar onde quer que possamos ver que as pessoas estão enterradas”, disse.

Ele visitou o local várias vezes desde o desabamento de sexta-feira e afirmou que ainda era possível ouvir sobreviventes pedindo ajuda sob os escombros.

Os moradores que não ficaram presos nos escombros estão sendo evacuados, pois a região permanece instável em meio a previsões de mais chuva.

“O terreno também está bastante instável neste momento e corre o risco de provocar mais deslizamentos de terra”, disse Justine McMahon, coordenadora nacional da Care Australia, uma das agências de ajuda humanitária atuando no local.

“Decidimos ficar de fora por enquanto para dar às autoridades tempo para avaliar adequadamente a situação e conduzir as operações de resgate e recuperação”.

Anteriormente, um funcionário da agência de migração da ONU no país também havia relatado à BBC dificuldades em torno do resgate.

Serhan Aktoprak, da Organização Internacional para as Migrações (OIM), disse que as equipes enfrentavam uma série de desafios, incluindo a relutância de algumas famílias em permitir que máquinas pesadas fossem usadas em áreas onde seus entes queridos pudessem estar soterrados.

Em vez disso, disse ele, “as pessoas estão usando paus de escavação, pás e grandes rastelos para remover os corpos enterrados no solo”.

As equipes presentes no local também dizem que os esforços de resgate são dificultados por grandes danos na única estrada que leva à cidade.

O deslizamento de terra criou detritos de até 8 metros de profundidade, afetando mais de 200 quilômetros quadrados de terra “incluindo 150 metros da rodovia principal que leva à província de Enga”, disse a Care Australia.

Com reportagem de Tiffanie Turnbull, de Sydney

Fonte: BBC News

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Brigada Militar apreende barco e redes de pesca na Barragem de Ernestina

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A Brigada Militar, através do 3º Batalhão Ambiental (BABM), flagrou nessa quinta-feira (27/06), um homem praticando a pesca ilegal na Barragem de Ernestina.

A Sala de Operações (SOP) do 3º BABM recebeu uma denúncia anônima, referente à prática da pesca ilegal , na Barragem de Ernestina . Os policiais militares chegaram na localidade de Esquina Penz e avistaram um indivíduo, em um barco de alumínio, lançando redes de pesca no ambiente aquático.

A equipe do 3º BABM abordou o homem e localizou 5 redes de pesca no barco, totalizando 350 metros. O sujeito foi autuado e responderá pelo crime ambiental de pesca ilegal.

O barco e as redes foram apreendidos, conforme Termo de Apreensão.

Edição: Comunicação Social 3º BABM

Foto: 3º BABM | Carazinho

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Taxa para compras de até US$ 50 não incidirá sobre medicamentos

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A cobrança de 20% de Imposto de Importação sobre compras de até US$ 50 pela internet não incidirá sobre medicamentos comprados por pessoas físicas, anunciou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo ele, uma medida provisória (MP) para esclarecer a isenção será editada nesta sexta-feira (28).

“Do jeito que estava o texto, poderia suscitar uma dúvida se existiria a taxação para medicamentos que são importados por pessoas físicas. Vai sair uma medida provisória, publicada nesta sexta, que deixa claro que importação de medicamentos por pessoas físicas está isento de qualquer taxação adicional. Mantém as regras de isenção hoje”, disse Padilha.

De acordo com o ministro, a MP também estabelecerá o início da cobrança da taxa de 20% em 1º de agosto. Ele disse que esse prazo dará tempo para que a Receita Federal faça as regulamentações necessárias e adapte os sistemas para a cobrança.

“A medida provisória deixa claro que a vigência é a partir de 1º de agosto. Isso permite a organização da Receita e a própria adaptação das plataformas para que tenha essa cobrança”, declarou o ministro, após a assinatura da lei que cria o Programa Mover e instituiu a taxação das compras de até US$ 50 pela internet..

Durante a cerimônia de assinatura, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também mencionou a necessidade de manter os medicamentos isentos. “O que o presidente Lula quer é excluir os medicamentos porque há pessoa física importando medicamentos para alguns tipos de moléstias, de doenças. Então você exclui os medicamentos”, afirmou.

Como funcionará

Desde agosto do ano passado, as compras de até US$ 50 em sites internacionais eram isentas de Imposto de Importação, desde que os sites estivessem inscritos no Programa Remessa Conforme, que garante liberação acelerada da mercadoria. As transações, no entanto, pagavam 17% de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo arrecadado pelos estados, com as guias sendo cobradas pelos sites ainda no exterior.

No fim de maio, a Câmara dos Deputados aprovou a taxação federal de 20% como uma emenda à lei que criou o Programa Mover, de incentivo à indústria automotiva. O Senado aprovou o texto no início de junho.

Com a sanção da lei, as mercadorias passarão a pagar, além do ICMS, 20% de Imposto de Importação sobre o valor de até US$ 50 ou 60% caso o produto custe acima desse valor. Para itens entre US$ 50,01 e US$ 3 mil, será concedido um desconto de US$ 20 na tarifa.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Casos de síndrome respiratória aguda grave aumentam em dez estados

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O novo boletim do InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (27), revela aumento do número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em dez estados: Amapá, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo.

O aumento é decorrente dos vírus influenza A, sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, que indicam retomada de crescimento na maioria dos estados da região centro-sul do Brasil. Além disso, alguns estados do Norte, como Amapá, Roraima e Ceará, também registram manutenção do aumento de VSR em crianças pequenas.

No agregado nacional, há indício de estabilidade de SRAG tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas). Referente à Semana Epidemiológica 25, de 16 a 22 de junho, o estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 24 de junho.

A covid-19 tem se mantido em patamares baixos quando comparada a seu histórico de circulação. Contudo, o vírus tem sido a principal causa de internação por SRAG entre os idosos no estado do Ceará nas últimas semanas. Além disso, alguns estados do Norte e Nordeste também têm apresentado uma leve atividade de covid-19.

A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe Tatiana Portella diz que ainda não tem nenhum sinal claro de crescimento de circulação da covid tanto no país, sobretudo nessas regiões. “No entanto, esse início de atividade do vírus nas regiões Norte e Nordeste merece a nossa atenção nas próximas semanas. É importante que os hospitais e as unidades de síndrome gripal dessas regiões reforcem a atenção para qualquer sinal de aumento na circulação do vírus”, alerta Tatiana.

Diante desse cenário, a pesquisadora destaca a importância da vacinação, tanto da influenza quanto da covid-19, de todos os elegíveis para se imunizar. Além disso, alguns cuidados, como o uso de máscaras em locais fechados com maior aglomeração de pessoas e em postos de saúde, são recomendados, sobretudo aos moradores das regiões que apresentam alta na circulação de vírus respiratórios. Tatiana recomenda que, em caso de aparecimento de sintomas, a pessoa se isole, se possível, para evitar a transmissão do vírus a outros indivíduos que ainda não foram infectados e que são grupo de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (22,6%), influenza B (0,8%), vírus sincicial respiratório (47,2%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (6%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (47,1%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (21,5%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (22,4%).

Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

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