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Após ficar preso na estrada durante as enchentes no RS, caminhoneiro está parado na Argentina em meio à nevasca

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O caminhoneiro Rogério Ferri saiu de Osório há alguns dias, em direção a Santiago, no Chile, para entregar uma carga de motores para uma empresa com base em Santa Catarina. Entretanto, desde o final de semana, ele está isolado em uma cidade argentina, por conta da forte nevasca que atinge a região do país vizinho.

A situação, à primeira vista, já chama naturalmente a atenção, pelo drama vivido pelo gaúcho que precisa enfrentar o frio e a incerteza de saber quando poderá seguir viagem. Porém, o que torna o imprevisto ainda mais curioso é que esta é a primeira viagem do caminhoneiro após ter ficado preso na estrada, no início de maio, por conta dos transtornos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

Ferri está, atualmente, em Uspallata, uma vila e distrito administrativo da Argentina, em um local desértico na estrada que atravessa a Cordilheira dos Andes entre a cidade argentina de Mendoza e Santiago, no Chile.

Conforme Ferri, está não é a primeira vez que ele fica isolado por conta da nevasca, mas a situação sempre traz desafios. “A gente já está meio que acostumado. Se bem que, para o frio, a gente nunca acostuma. Mas já é meio que normal para essa época do ano, então já teve vezes que foi pior”, relata.

O caminhoneiro conta que, em uma viagem anterior, chegou a ficar em um pátio de terra sem nada, nem mesmo banheiro. “Agora ainda tem um banheiro aqui no posto de gasolina, só que o chuveiro é caro. É na base de quatro mil pesos argentinos, que vai dar quase vinte reais. Essas questões aí é que a gente acha ruim”, destaca. A expectativa é de que, no domingo, se as condições meteorológicas permitirem, ele poderá concluir a entrega e, depois, iniciar o retorno ao Brasil.

Seis dias preso no Vale do Taquari

Se nesta ida ao Chile a neve causa transtornos e impede que tudo ocorra normalmente, no mês passado foram as chuvas, que devastaram grande parte do Estado, que também afetaram o caminhoneiro. Ferri iniciou a viagem justamente no dia em que as condições climáticas começaram a causar os transtornos.

Logo nas primeiras horas de viagem, as quedas de barreiras começaram a impactar na continuidade da viagem. Após passar por Lajeado pela BR 386, acompanhava o noticiário para saber sobre a condição das estradas e ouviu que, na cidade de Pouso Novo, já eram registradas quedas de barreiras. “Chegou um certo momento, em Marques de Souza, que eu parei o caminhão em um restaurante porque vi que não tinha mais movimento voltando na direção contrária. Parei em um lugar que achei que era seguro”, relata.

Cerca de meia hora após a viagem, ficou sabendo da queda de barreiras na estrada a alguns minutos na frente de onde estava. Depois, outra barreira também caiu cerca de 50 metros atrás, fazendo com que ele ficasse preso na estrada, ao lado de cerca de 20 caminhoneiros que estavam parados no restaurante. “O dono do restaurante foi um pai para nós. Cedeu tudo o que tinha de comida, então fiquei lá de segunda a domingo, mais ou menos, quando começou a liberar as pistas”, detalha Ferri, que pôde chegar ao Chile e retornar ao RS, nos dias seguintes.

Novo imprevisto na estrada

Passados cerca de 45 dias após a situação no Vale do Taquari, o caminhoneiro se vê agora, novamente, preso na estrada por problemas climáticos. “Eu cheguei domingo passado na região de Mendoza. Fiquei num posto lá até quarta-feira, quando a polícia nos escoltou até aqui, que fica perto da aduana, onde fazemos os trâmites legais para poder passar para o lado chileno”, diz.

A solução para o caminhoneiro, agora, é esperar parar de nevar para que a pista possa ser liberada. “Daqui, o meu destino vai ser Santiago do Chile, que fica a uns 250 km mais ou menos”, relata.

Conforme Ferri, ele faz cerca de 10 viagens por ano, não apenas para o Chile, mas também para outros países sul-americanos, como o Peru. A linha do Mercosul é percorrida por ele há cerca de 7 anos e o motorista calcula que, de lá para cá, já tenha feito aproximadamente 50 viagens.

Normalmente, entre a ida e a volta, são 20 dias na estrada, mas em outras oportunidades, ele chegou a passar quase dois meses fora de casa. “As viagens são assim. Tem viagem de 25 dias, outras de 35, 40 dias, mas eu já tive viagem que levou 52 dias”, relembra.

Após chegar no Brasil, o caminhoneiro ficará em torno de uma semana e, depois, sairá novamente. Apesar dos transtornos climáticos que atrasam a chegada aos destinos e de todos os desafios enfrentados no caminho, o que mais pesa para o gaúcho é a saudade do filho. “A saudade o cara vai acostumando, mas tenho um ‘piazinho’ de 6 anos e sinto a saudade dele, mas não dá para pensar muito, senão o coração amolece”, conclui.

Fonte: Correio do Povo

Por Observador Regional

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Cultura

Palmeira das Missões: Pandorga é a vencedora do 1º em Carijo em Prosa e Verso

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Na noite de segunda-feira, 24 de junho, o palco do Carijo em Palmeira das Missões foi o cenário para a 1ª edição do Carijo em Prosa e Verso, um evento dedicado à poesia.

Oito poesias foram apresentadas e avaliadas pelos jurados Bianca Bergman, Dorval Dias e Antônio Korsack, proporcionando um espetáculo repleto de emoção e talento.

Após a exibição das poesias concorrentes, Dorval

Dias assumiu o palco para uma apresentação musical que encantou o público. O evento valorizou a arte da declamação, composição e do amadrinhamento musical.

Confira os premiados da noite:

Primeiro Lugar: PANDORGA

Autor: Carlos Omar Villela Gomes

Declamador: Pedro Júnior da Fontoura

Amadrinhamento:

Raphael Madruga (Violão)

Charlise Bandeira (Flauta)

Segundo Lugar: IGUAIS

Autor: Kayke Mello

Declamador: Kayke Mello

Amadrinhador: Felipe Goulart

Terceiro Lugar: QUADRILHA

Autor: Juliano Santos

Declamador: Juliano Santos

Amadrinhador: Aparício Maidana

Além das premiações principais, o evento também reconheceu talentos individuais em categorias especiais:

Destaque como Amadrinhador:

Fernando Graciola – Sextinas pra Quem Partiu

Melhor Texto Poético:

Moisés de Silveira Menezes – Sextinas pra Quem Partiu

Melhor Declamador:

Pedro Júnior da Fontoura – Pandorga.

Fonte e foto: Carijo

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Ganhador da Quina de São João que faturou R$ 76 milhões pede resgate do prêmio, em Viamão

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Um dos apostadores que faturou mais de R$ 76 milhões na Quina de São João após um bilhete único feito em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, já pediu o resgate do prêmio, segundo a Caixa Econômica Federal.

O jogo foi feito presencialmente, na Lotérica Teimosinha 1, onde o vencedor acertou as seguintes dezenas:

21 – 38 – 60 – 64 – 70

O apostador irá dividir o prêmio com um bolão de 10 pessoas feito em Gouveia, em Minas Gerais, e um bolão de 18 apostadores de São José do Rio Preto, interior de SP.

Premiações

O concurso oferecia o valor de R$ 229 milhões, o maior da história do concurso especial. O valor foi dividido para quase quatro milhões de apostadores. No entanto, apenas três apostas acertaram as cinco dezenas, que garantiram o prêmio máximo. Confira a divisão do prêmio:

5 acertos: 3 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ R$ 76.638.821,73;

4 acertos: 1.714 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 11.043,83;

3 acertos: 144.635 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 124,64;

2 acertos: 3.833.840 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 4,70.

A Quina de São João tem o sorteio realizado uma vez por ano em uma data próxima ao dia 24 de junho. Os prêmios são maiores que os dos concursos regulares.

Assim como em outros concursos especiais, o prêmio não acumulava. Ou seja, levava o prêmio aqueles que acertassem a maior quantidade de números. Se ninguém acertasse as cinco dezenas, o prêmio era dividido entre os acertadores de quatro números — e assim sucessivamente.

Uma chance em 4 milhões

Uma chance de ganhar em mais de quatro milhões. Essa era a probabilidade de um bilhete de R$ 15 faturar o prêmio da Quina de São João, segundo a Caixa Econômica Federal. O vencedor fez uma aposta com seis dezenas, o que rendeu o prêmio.

Fonte: g1/RS

Foto: Arquivo Pessoal/Vicente Moretti

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CHUVA, GAROA, VENTO E FRIO EM DIA TÍPICO DE INVERNO

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Chuva, garoa, vento e frio. O Rio Grande do Sul experimentará o combo de umidade e frio nesta quarta-feira que será um legítimo dia de inverno com tempo úmido e frio, consequência de um centro de baixa pressão que atua no estado e traz instabilidade. Este centro de baixa pressão avança pela Metade Norte gaúcha na primeira metade desta quarta e da tarde para a noite já estará sobre o mar, na costa, onde se aprofunda e dará origem a um ciclone extratropical que não é intenso. A área de menor pressão atmosférica traz instabilidade para a maioria das regiões do estado e que é mais forte na Metade Norte, especialmente em horas da madrugada e do período da manhã. Por isso, os volumes de chuva previstos tendem a ser mais altos hoje na Metade Norte, em especial em localidades do Nordeste gaúcho, entre a Serra, a Grande Porto Alegre e o Litoral Norte do estado.

Embora a instabilidade, ao longo do dia ocorrem aberturas em que o sol aparece com nuvens em diferentes pontos, como o Noroeste, Centro, Oeste e o Sul. É comum em circulação ciclônica haver alternância de sol, nuvens e chuva, mas algumas localidades podem ter tempo fechado durante grande parte do dia. A formação do ciclone na costa traz vento que se intensifica durante o dia e baixa a sensação térmica. As rajadas mais fortes, em média de 50 km/h a 70 km/h e localmente superiores, devem se dar no Norte da Lagoa dos Patos assim como no Centro e Norte do Litoral, entre Mostardas e Torres. Haverá rajadas ainda na borda dos Aparados da Serra, em cidades como São Francisco de Paula, Cambará do Sul e São José dos Ausentes. O ciclone impulsiona ar frio para o estado e, com a nebulosidade e a chuva, o dia terá temperatura baixa até à tarde com o vento acentuando a sensação de frio. A maioria das cidades gaúchas terá temperatura à tarde apenas entre 12ºC e 15ºC. Nas áreas de maior altitude, os termômetros devem marcas menos de 10ºC em diversos municípios à tarde. Na Grande Porto Alegre, esta quarta-feira também será um dia invernal na região com muitas nuvens, precipitação, vento e frio. Podem ocorrer momentos de melhoria na segunda metade do dia, quando o vento se intensifica e aumenta a sensação de frio. A temperatura vai estar baixa o dia todo na região metropolitana, mesmo durante a tarde, com a abundante nebulosidade e a precipitação. Porto Alegre deve ter mínima de 11ºC e máxima entre 14ºC e 15ºC.

Fonte: Metsul Meteorologia

 https://metsul.com/chuva-garoa-vento-e-frio-em-dia-tipico-de-inverno/ .

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